Guedes tenta apoio de empresários para mudar Imposto de Renda
A intenção do ministro é conseguir suporte para fazer o Congresso cortar cerca de R$ 40 bilhões em subsídios
atualizado
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Diante da resistência dos empresários sobre a proposta do governo de reformular o Imposto de Renda para Pessoas Jurídicas (IRPJ), o ministro da Economia, Paulo Guedes, se reuniu nesta quinta-feira (8/7) com um grupo de grandes CEOs e diretores de empresas em São Paulo.
A intenção do ministro foi buscar apoio para fazer o Congresso cortar cerca de R$ 40 bilhões em subsídios. O governo promete como troca uma diminuição de até 10 pontos porcentuais no Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) para as empresas. A primeira proposta tem como queda apenas cinco pontos percentuais.
Entre os presentes, estavam André Esteves, do BTG; Josué Gomes da Silva, eleito presidente da Fiesp e diretor presidente da Coteminas; e Rafael Furlanetti, sócio-diretor institucional da XP Investimentos.
Na quarta-feira (7/8), um grupo com cerca de 120 entidades empresariais enviou uma carta ao presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), defendendo alterações no texto. O pedido das associações é que se vote primeiro a reforma administrativa, que prevê mudanças nas contratações dos servidores públicos.
Para os empresários, a reforma tributária possui um dos pontos mais polêmicos: fixar em 20% a taxação de lucros e dividendos e extingue os juros sobre capital próprio. O texto também pretende reduzir a alíquota do IRPJ para 12% em 2022 e 10% em 2023.
O setor produtivo não acredita nas previsões de Guedes de que não haverá aumento de impostos. Na carta entregue ao governo, os empresários afirmam que alíquota total sobre as empresas, que atualmente está em 34%, subiria para 43,2%, com a adição da tributação sobre os dividendos.