Guedes sobre atribuir “crime” a senadores: “Me senti abandonado”
Ministro da Economia afirmou que senadores cometeram “crime contra o país” ao derrubarem veto do presidente Jair Bolsonaro
atualizado
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, alegou nesta terça-feira (1º/9) que não acusou os senadores de cometer um crime ao derrubarem veto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no trecho de proposta que permitia reajustes salariais a servidores públicos durante a pandemia do coronavírus.
“[Quando eu disse] ‘isso é um crime contra o Brasil’, estava me referindo ao voto específico que tornava possível esse crime. Qual o crime? Tornar o dinheiro da saúde em um aumento do funcionalismo. Então, estava me relacionando ao voto em si”, disse, durante audiência da comissão mista no Congresso sobre o enfrentamento à pandemia no país.
“O que vocês ouviram foi a decepção de uma pessoa. Me senti absolutamente abandonado e isolado. Foi uma sensação de completo abandono, e lamento pelo voto em si, jamais uma ofensa, e nós estamos em um regime democrático”, prosseguiu.
Após a fala de Guedes, que disse que “pegar dinheiro de saúde e permitir que se transforme em aumento de salário para o funcionalismo é um crime contra o país”, a decisão do Senado foi revertida pela Câmara e o veto do presidente foi mantido.
O ministro da Economia ressaltou que em nenhum momento quis ofender os parlamentares durante a sua fala. Ele aproveitou para elogiar a atuação dos deputadores e senadores durante o atual governo, a qual chamou de “Congresso reformista”.
“Se nós transformássemos os recursos que foram transferidos para saúde em aumento de salários, viraria um desastre financeiro para o país porque seriam gastos permanente”, prosseguiu o ministro da Economia.