Guedes refaz estimativas e prevê que economia cresce 1,5% em 2019
Na Câmara, ministro afirmou que a situação fiscal do Brasil poderia se recuperar com rapidez, caso fossem realizadas as reformas necessárias
atualizado
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta terça-feira (14/05/2019), que o governo trabalha com uma previsão de crescimento da economia brasilera de apenas 1,5% neste ano. A primeira estimativa da equipe econômica do presidente Jair Bolsonaro (PSL) era de 2%.
“Temos uma economia que pode se recuperar com uma certa rapidez se fizermos as reformas que estão encomendadas. O crescimento, que era 2% quando eles [equipe econômica] fizeram as primeiras estimativas, já caiu para 1,5%”, explicou, durante audiência na Comissão Mista de Orçamento (CMO), na Câmara dos Deputados.
Essa é a primeira vez que Guedes recua na projeção de crescimento do país. A fim de tentar avançar no cenário para retirar o país da recessão, Guedes fez um apelo aos deputados: pediu que liberassem crédito suplementar para o governo.
Ou seja, o ministro pediu que o Congresso aprove o projeto de lei que permite ao Executivo federal tomar R$ 248 bilhões em empréstimos no mercado financeiro para pagar despesas correntes, como a Previdência, o Benefício de Prestação Continuada e o Bolsa Família.
“Estamos à beira de um abismo fiscal, precisamos de um crédito suplementar para pagar despesas correntes. Vamos nos endividar para isso”, disse o ministro.
O titular da pasta da Economia mostrou em plenário a previsão do déficit para os anos de 2020, 2021 e 2022, respectivamente R$ 124 bilhões, seguidos de R$ 68 bi e R$ 32 bi.
Situação fiscal correta
“Hoje, olhando para o futuro, nossa obrigação é trazer para os senhores a situação fiscal correta. Se houver as reformas, esses números vão mudar”, ressaltou o ministro.
Guedes voltou à Câmara quase uma semana depois de participar da audiência pública da Comissão Especial da Casa que analisa a reforma da Previdência.
A participação na CMO foi para comentar a questão fiscal do país, uma vez que os valores destinados ao orçamento do ano que vem serão decididos pelo Congresso.