Guedes para classe política: pedidos devem caber no orçamento público
“Temos espaço para atuar diretamente para Covid-19, para saúde ou para os impactos sociais trazidos pela pandemia”, diz ministro da Economia
atualizado
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, comemorou, nesta terça-feira (30/3), os resultados do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged). A criação de 401.639 postos de trabalho com carteira assinada no mês de fevereiro foi uma informação alentadora para a equipe econômica.
No entanto, o ministro alertou que os bons resultados não significam que o governo pode relaxar em relação ao controle de gastos sob os efeitos da pandemia da Covid-19. E deixou um recado para a classe política.
De acordo com Guedes, a recuperação econômica do país depende diretamente da vacinação em massa e da fiscalização do orçamento público.
“Temos espaço para atuar diretamente para Covid-19, para saúde ou para os impactos sociais trazidos pela pandemia. Podemos auxiliar desde que definido quanto para cada gasto, sempre com limite definido, sempre dentro das regras do jogo. Esse é meu pedido para a política, para que esses pedidos caibam nos orçamentos públicos”, afirmou.
O ministro frisou que, em relação a medidas que envolvam a pandemia, os gastos não “têm de ficar estritamente dentro do teto”. “Temos que nos endereçar a esse problema, com responsabilidade fiscal, mas sabendo que a saúde vem em primeiro lugar. A vacinação em massa vem em primeiro lugar”, comentou.
O governo está repetindo o protocolo estabelecido no ano passado de controle da crise, segundo o chefe da pasta. Primeiro, foi liberado o auxílio emergencial após a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional Emergencial.
Depois, a equipe econômica antecipou o abono salarial e o benefício de aposentados e pensionistas e, nos últimos dias, foi feito um diferimento dos impostos simples, dos próximos três meses.