Guedes minimiza revisão do número de empregados do Caged
Em janeiro, o Ministério da Economia divulgou a criação líquida de 142.690 empregos em 2020, mas o montante caiu para 75.883 após revisão
atualizado
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou, nesta sexta-feira (5/11), que a revisão dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) gerou “muito barulho por causa de 50 mil empregos”. O chefe da pasta econômica reconheceu que o número é alto, mas defendeu a trajetória de recuperação do mercado de trabalho.
Após revisões mensais no sistema do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o saldo de vagas com carteira assinada em 2020 caiu pela metade. A mudança nos números confirma o temor de que havia subnotificação de demissões no ano passado, quando a pandemia da Covid-19 chegou e logo se agravou.
“Houve muito barulho a respeito de um erro de 50 mil, o que é bastante, de empregos que foram, aparentemente, reportados equivocadamente no Caged”, afirmou o ministro durante participação na 3ª Conferência de Comércio Internacional e de Serviços do Mercosul, realizada no Rio de Janeiro.
Em janeiro, o Ministério da Economia divulgou a criação líquida de 142.690 empregos em 2020, mas o montante já caiu para 75.883 com os dados apresentados pelas empresas ao longo do ano. Guedes reforçou, contudo, que a revisão se deu por alteração de dados pelas empresas e não por erro do governo.
Ele também disse que, durante a pandemia, foram preservados 11 milhões de empregos e foi dado apoio a 60 milhões de pessoas mais vulneráveis.
“Não há mudança, do ponto de vista qualitativo, se ao invés de 3 milhões e 50 mil empregos, você cria 3 milhões de empregos, são 50 mil a menos”, enfatizou o ministro. O “erro” apontado por Guedes, porém, foi de 66,8 mil empregos a menos do que o governo havia anunciado.