Guedes estabelece prazo de até quatro meses para vacinar “invisíveis”
“As classes mais altas acham que o distanciamento social é mais tolerável, mas, nas classes mais básicas, é o contrário”, afirma o ministro
atualizado
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a afirmar nesta segunda-feira (22/3) que “a vacinação em massa é o que vai garantir o retorno seguro para o trabalho das camadas mais vulneráveis”. Desta vez, entretanto, o ministro cobrou um prazo de três a quatro meses para o governo imunizar esse grupo.
“Quase 40 milhões de brasileiros invisíveis pedem para voltar a trabalhar. Temos a obrigação de vaciná-los nos próximos três, quatro meses. Nas classes mais baixas, há um desejo desesperado pelo trabalho”, apontou o ministro.
“Temos que evitar a crueldade do dilema: ou fica em casa e convive com a dificuldade da sobrevivência pessoal ou sai de casa com perigo de perder a vida para Covid-19”, ponderou.
Em coletiva da Arrecadação de Fevereiro de 2021, o chefe da pasta econômica também disse que as camadas mais vulneráveis não podem depender apenas da política assistencialista, porque o repasse do governo não é suficiente.
“Esses não podem ficar em casa em isolamento social tendo a sua sobrevivência garantida. Mesmo com o auxílio emergencial, são as famílias mais frágeis, com oito a dez pessoas em um cômodo”, considerou Guedes.
“São pessoas que querem trabalhar e pedem para trabalhar. As classes mais altas acham que o distanciamento social é mais tolerável, mas, nas classes mais básicas, é o contrário, há um desejo desesperado pelo trabalho”, completou o ministro.