Guedes: é preciso livrar país da “armadilha” do sistema de repartição
O ministro da Economia do governo Bolsonaro apresentou a proposta da reforma da Previdência aos governadores nesta quarta-feira (20/2)
atualizado
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Durante a apresentação do texto da reforma da Previdência aos governadores nesta quarta-feira (20/2), o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse ser preciso libertar o país da armadilha que é o sistema de repartição – no qual todos os trabalhadores contribuem para a aposentadoria de forma solidária. A informação é do jornal O Globo.
No fim da reunião, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), disse que os governadores defenderam que o regime de capitalização – onde cada trabalhador contribui para a própria aposentadoria – não seja colocado agora em apreciação no Congresso Nacional. De acordo com o político, a ideia é não atrapalhar a tramitação e a negociação da reforma da Previdência.
“A capitalização é um assunto posterior, não é um assunto que está colocado agora. Inclusive nós pedimos, fizemos uma reflexão com a equipe do governo, para que não misture os dois temas, a nova Previdência. A mudança do sistema pode ficar para depois, para não atrapalhar o debate”, considerou Casagrande.
Segundo ele, os governadores colocaram para o ministro temas de interesses dos estados como, por exemplo, compensações para os servidores estaduais que contribuíram para o regime geral da Previdência.
Já Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul, considerou ser preciso observar a transição para o sistema de capitalização. Para ele, isso deve ser complexo. “Parece ser o melhor regime. A questão a ser resolvida é o processo de transição nos fundos, porque até que se tenha a capitalização, o recurso de quem contribuir com a capitalização estaria sustentando quem não foi capitalizado”, comentou.