Guedes diz que “talvez desista” da criação de imposto semelhante à CPMF
Ministro da Economia afirmou que “esse imposto só entraria se fosse para desonerar”. Criação da taxa tem sido duramente criticada
atualizado
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O Ministério da Economia não descarta desistir da implementação de um novo imposto sobre transações e pagamentos eletrônicos. A informação foi dada pelo ministro Paulo Guedes, nesta quinta-feira (15/10), em rápida entrevista à CNN Brasil.
Guedes afirmou que “esse imposto só entraria se fosse para desonerar”. “Talvez nem precise, talvez eu desista dele”, completou, ao telejornal.
A criação da taxa tem sido duramente criticada por apresentar moldes semelhantes aos da antiga Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). O próprio minsitro afirmou que o imposto “é feio, mas não é tão cruel“.
A proposta é cobrar tributo entre 0,2% e 0,4% sobre transações digitais. Para o ministro, a taxação permitirá a redução de outros impostos, em um contexto de regimes de trabalho mais flexíveis.
A abrangência do novo imposto é um dos itens ainda não decididos pela equipe econômica. O objetivo de Guedes é atingir toda a economia digital e o comércio eletrônico, podendo incluir na proposta transações financeiras feitas exclusivamente pela internet e pagamento de boletos.