Guedes diz que solução para o Coaf é “tecnicamente superior”
O ministro da Economia ressaltou ainda que o Banco Central é o lugar para a existência do órgão de inteligência financeira
atualizado
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a avaliar que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) estava sendo politizado e novamente alegou que o órgão era vítima de um conflito entre os poderes. “A demarcação de territórios ocorre o tempo todo na democracia”, avaliou.
Guedes ressaltou que o BC é o lugar natural para a existência do órgão de inteligência financeira, sem politização, principalmente com o projeto de autonomia para a autoridade monetária.
“A solução para o Coaf é tecnicamente superior. Estamos respondendo às diversas pressões que sofremos com o aperfeiçoamento profissional. O Coaf está no lugar melhor possível”, afirmou o ministro. “Às vezes se colocam os nomes de pessoas em casos injustos, e quem indeniza esse feito moral? Temos que impedir maus usos do poder. O monitoramento tem que ser técnico, com algoritmos impessoais”, acrescentou.
Guedes disse ainda que a transferência do órgão para o BC também evita a concentração de poder nas mãos do ministro da Economia, que já comanda a Receita Federal. “É importante evitarmos concentração de poderes no regime democrático. Não é razoável que um ministro controle Receita e Coaf. Faço questão de não ter esse poder aqui”, concluiu.