Guedes diz que há mais mortes por Covid na Argentina do que no Brasil
“Ninguém chama o presidente da Argentina de genocida. Então, às vezes, há excesso de alguns atores”, afirmou o ministro
atualizado
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, saiu mais uma vez em defesa do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), nesta quinta-feira (12/8). Em sua avaliação, não é normal chamá-lo de genocida e que o mesmo não ocorre com o presidente da Argentina. O país vizinho registrou mais de 100 mil mortes pela Covid-19. Enquanto isso, no Brasil, a doença fez cerca de 566.013 mil vítimas desde o início da pandemia.
Guedes comparou a administração dos dois países. Entretanto, errou ao afirmar que na Argentina morrem mais pessoas do que no Brasil. “Tem gente morrendo na Argentina aqui do lado, muito mais, e ninguém chama o presidente da Argentina de genocida. Então, às vezes, há excesso de alguns atores, mas as instituições continuam avançando”, disse.
Ele ainda argumentou que a ex-presidente Dilma Rousseff era considerada pela ditadura militar como terrorista e de extrema-esquerda, mas que conseguiu exercer seu trabalho sem o peso das críticas que seu chefe recebe.
“Ora, foi presidente, fez o trabalho dela com muita dignidade. A extrema-esquerda entre aspas já foi testada de um lado, agora a extrema-direita está sendo testada. Há muito barulho. Prefiro o barulho da democracia versus o silêncio da ditadura”, ponderou.
Diante de uma semana conturbada em Brasília, com a participação de Bolsonaro em um desfile bélico das forças armadas, no dia em que sairia a decisão sobre o voto impresso (bandeira defendida pelo presidente), o ministro também voltou a afirmar que a democracia brasileira é resiliente e que o problema é o desrespeito entre as instituições.
“Quando um desrespeita o outro, o outro devolver e entramos em uma escalada”, apontou Guedes destacou que quem for eleito no ano que vem tem o direito de cumprir o mandato se “jogar dentro das quatro linhas da Constituição”, concluiu.