Guedes diz que faltará dinheiro para expandir vacinação se pagar precatórios
A declaração ocorre dois dias após o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciar que o país começará aplicar a 3ª dose do imunizante
atualizado
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Depois de anunciar que a crise dos precatórios poderia impedir o aumento do Bolsa Família e o pagamento do salário de servidores públicos, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou, nesta quinta-feira (26/8), que o pagamento integral das dívidas provocaria a falta de recursos para expandir a vacinação contra a Covid-19.
Os precatórios são dívidas da União não passíveis de recursos. Ao todo, o montante previsto para pagamento em 2022 é de R$ 90 bilhões. De acordo com o ministro, esse custo será um “meteoro” para as contas públicas, se honrado. Por isso, o governo propõe parcelar o pagamento em vários anos, o que é criticado por especialistas.
Nesta manhã, durante a Comissão Temporária de acompanhamento da pandemia da Covid-19, Guedes voltou a alertar sobre os riscos do pagamento das despesas. “Se entrarem precatórios, por exemplo, não há dinheiro para expandir as vacinas”, afirmou.
A declaração ocorre dois dias após o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciar que o país começará a aplicar, a partir de setembro, a 3ª dose do imunizante à idosos com mais de 70 anos e pessoas imunossuprimidas (transplantadas recentemente, com câncer, queimaduras graves, etc).
Pelos cálculos da pasta, até 15 de setembro, toda a população maior de 18 anos já terá sido vacinada com pelo menos a primeira dose da vacina. O imunizante escolhido para o reforço é a Pfizer.