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Guedes diz que auxílio voltará a ser pago “se houver 2ª onda” de Covid-19

O ministro da Economia afirmou que o país já tem mecanismos para atender população após digitalização de 64 milhões de cadastros

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1 de 1 paulo-guedes - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira (10/11) que o auxílio emergencial pode voltar a ser pago à população no ano que vem. O economista, contudo, disse que a medida só será tomada se o país for atingido por uma nova onda do coronavírus.

“Deixamos bem claro para todo mundo: se houver uma segunda onda no Brasil, temos já os mecanismos. Digitalizamos 64 milhões de brasileiros. Sabemos quem são, onde estão e o que eles precisam para sobreviver”, afirmou Guedes em teleconferência com a agência Bloomberg.

O ministro continuou dizendo que os gastos ligados à Covid-19, que representam mais de 8% do Produto Interno Bruto (PIB), ficariam em patamares menores no caso de um novo crescimento da contaminação.

“Se uma segunda onda nos atingir, aí iremos aumentar mais [os gastos]. Em vez de 8% do PIB, provavelmente [usaremos] desta vez metade disso. Porque podemos filtrar os excessos e certamente usar valores menores”, disse o ministro.

Segundo Guedes, o auxílio emergencial, hoje a principal medida da crise ao demandar R$ 322 bilhões, foi desenhado no início com um valor menor justamente para ser pago por um período maior, mas que a classe política mudou os números.

O ministro planejava que R$ 200 fossem pagos à população, o Congresso cogitou R$ 500 e presidente Jair Bolsonaro acabou aumentando para R$ 600, com o objetivo de ficar com a paternidade do valor. Após cinco meses, o valor caiu para R$ 300.

Segundo ele, mais gastos serão feitos somente no caso de a Covid demandar, e isso é totalmente diferente de usar a contaminação já em declínio como uma justificativa para gastos. “O que definitivamente não faremos é usar a doença como desculpa para fazer movimentos políticos irresponsáveis”, afirmou.

“Nós podemos gastar um pouco mais. Exatamente porque as pessoas entendem que temos que voltar à situação anterior tão logo a doença nos deixe”, afirmou. “Nós estamos prontos para agir se a doença vier novamente, mas certamente não agiremos [dessa forma] se ela for embora”, afirmou.

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