Guedes diz não haver pontos inegociáveis em novo pacote econômico
Ministro se reuniu com senadores, nesta quarta, em Brasília. Ele espera que as propostas sejam menos modificadas do que a PEC da Previdência
atualizado
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira (06/11/2019) que não existem pontos inegociáveis no pacote de medidas econômicas elaborado pelo governo e entregue ao Congresso nessa terça-feira (05/11/2019).
As três propostas preveem dar maior flexibilidade ao Orçamento e aumentar repasses de recursos a estados e municípios; conter gastos públicos em caso de crise orçamentária da União, estados e municípios; e revisar 281 fundos para utilizar os recursos para o pagamento de dívidas públicas.
Na manhã desta quarta-feira (06/11/2019), Guedes participou de uma reunião organizada pelo presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP), com cerca de 40 senadores.
Após o encontro, Guedes foi questionado por jornalistas se havia algum ponto nas medidas classificado como “inegociável”. Ao responder, o ministro afirmou que um chefe da pasta econômica que não negocia não está preparado para o exercício de uma democracia.
“Seria arrogância dizer que tem algum ponto inegociável”, declarou.
A expectativa do governo, no entanto, é que o texto das propostas sofra menos mudanças em comparação à reforma da Previdência.
“Eu acho que é diferente da previdenciária. Mandamos lá [Congresso Nacional] R$ 1,2 trilhão e aí houve bastante cortes. Mas foram cortes extremamente compreensíveis na democracia e louváveis”, afirmou.
“Não é que o limite [para mudanças] é menor. É que eu acho que vai acontecer naturalmente. Como o outro [Previdência] foi uma iniciativa nossa e depois a Câmara e o Senado tiveram que recalibrar, dessa vez fizemos o contrário. Nós nos entendemos antes e recalibramos juntos”, afirmou.