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Guedes diz a líderes mundiais que economia brasileira é “subestimada”

A declaração ocorreu durante participação do ministro no Fórum Econômico Mundial de Davos

atualizado

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Paulo Guedes
1 de 1 Paulo Guedes - Foto: Guilherme Kardel/Ascom CBIC

O ministro da Economia, Paulo Guedes, reclamou, nesta sexta-feira (21/1), diante de líderes do mundo todo, que a economia brasileira é “muito subestimada”.

Guedes argumentou que o país é um dos únicos que está voltando aos patamares anteriores à pandemia em relação ao PIB e desemprego. Admitiu, no entanto, que a disparada da inflação é um problema grave, mas comum a quase todo o globo por causa da crise causada pela pandemia de Covid-19. A declaração ocorreu durante participação no Fórum Econômico Mundial de Davos.

O evento reúne os principais chefes de Estado e ministros da Economia, e ocorre anualmente na Suíça. Pela segunda vez, entretanto, o fórum é realizado de maneira virtual em razão do avanço da variante da Covid-19, a Ômicron.

“Muita gente acreditava que o Brasil não recuperaria sua economia. Porém, foram 4 milhões de novos empregos criados, sendo 3 milhões só agora em 2021. Além disso, 68 milhões de brasileiros foram assistidos diretamente pelo governo, de forma não ortodoxa, com transferência direta de dinheiro. No ranking do FMI, ficamos antes dos Estados Unidos e do Canadá como governo mais digitalizado”, afirmou Guedes.

“A nossa economia é muito subestimada. Eu disse em 2019, não subestimem a resiliência do Brasil na nossa economia”, decretou.

Em seguida, ele reconheceu que, apesar dos avanços, a inflação vem dilacerando o poder de compra da população e que o fenômeno deve ser enfrentado sem precedentes.

“No Brasil, evitamos a depressão com muito sucesso, mas agora voltamos com uma desaceleração sincronizada, o problema comum a todos países é a inflação. Precisaremos revisar para baixo previsões, porque inflações são persistentes”, explicou.

No ano passado, Guedes cancelou, de última hora, sua participação. Ele alegou “assuntos internos” para justificar a ausência. Na época, o ministro integraria discussão sobre como recuperar o comércio internacional diante dos problemas fiscais causados pela doença.

Desta vez, ele foi o grande representante brasileiro no evento. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não quis integrar os debates. O Fórum de Davos discute temas como vacinação, preservação da Amazônia e outras medidas de combate à pandemia.

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