Guedes defende compra de vacinas contra Covid-19 por empresas privadas
Um grupo de empresários em Minas comprou e já se vacinaram por lá. Por enquanto isso é ilegal, mas podemos tornar legal”, disse o ministro
atualizado
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu em audiência pública no Senado nesta quinta-feira (25/3) que empresários possam adquirir vacinas contra a Covid-19. Por enquanto, a compra do imunizante pelo setor privado só pode ocorrer se todas as doses forem doadas ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Assim, eles contribuem com a vacinação de grupos prioritários, adiantando o processo até que as empresas possam imunizar seus colaboradores.
O setor privado pressiona para que essa regra mude. Porém, Guedes não deu detalhes de quando ou como isso poderia acontecer. “Nossos empresários têm capacidade de ir lá fora e comprar sobras de vacina”, afirmou o ministro na audiência.
Nessa quarta-feira (24/3), um grupo de políticos e empresários, a maioria ligada ao setor de transporte de Minas Gerais, e seus familiares tomaram, nessa terça-feira (23/3), a primeira das duas doses da vacina da Pfizer contra a Covid-19, em Belo Horizonte de forma ilegal.
O ministro chegou a comentar o episódio. “Um grupo de empresários em Minas compraram e já se vacinaram por lá, por enquanto isso é ilegal, mas podemos tornar legal”, disse. “Isso seria criticado, porque iam falar que só os ricos conseguem comprar vacina”, complementou.
Pressionado pelos senadores, Guedes afirmou que a aceleração do programa de vacinação está cada vez mais próxima e disse que, com 1 milhão de vacinas por dia, como promete o Ministério da Saúde, todos os idosos estarão vacinados em um mês.