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Guedes critica Argentina e defende modernização do Mercosul

“Nós não podemos deixar que o veto de um governo argentino possa impossibilitar um acordo nosso. E nós vamos ter um problema”, afirmou

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Paulo Guedes, ministro da econômia durante lançamento do Programa Gigantes do Asfalto no palácio do Planalto
1 de 1 Paulo Guedes, ministro da econômia durante lançamento do Programa Gigantes do Asfalto no palácio do Planalto - Foto: Igo Estrela/ Metrópoles

O ministro da Economia, Paulo Guedes, posicionou-se mais uma vez contra o governo argentino em relação a modernização do Mercosul. Ele participou de uma audiência no Senado, nesta sexta-feira (25/6), para debater o combate à pandemia de Covid-19 no país.

Enquanto o Brasil defende a redução da Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul e o fim da regra que exige consenso para a tomada de decisões no bloco, a Argentina faz oposição às pautas.

Guedes acusa o país vizinho de obter vantagem com a regra do consenso, alegando que ela facilita que a Argentina barre acordos comerciais bilaterais que o Brasil busca com outros países.

“Nós não podemos deixar que o veto de um governo argentino possa impossibilitar um acordo nosso. E nós vamos ter um problema, porque nós queremos a modernização, mas tem um presidente da Argentina que tem veto”, afirmou o ministro.

“Ou modernizamos o Mercosul, ou teremos problema. Do jeito que está, nem nos ajuda em um acordo com a União Europeia, nem nos permite fazer os acordos que queremos fazer. Então vamos ter um problema sério aí pela frente, já vou avisando”, completou.

O ministro, contudo, enfrenta o desafio de encontrar aliados no próprio país. Nesta semana, entidades representativas da indústria brasileira também pediram a suspensão da proposta de redução da TEC do Mercosul, em aceno com a Argentina.

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Brasil assumiu liderança do Mercosul por seis meses
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Ministro da Economia, Paulo Guedes

Fábio Vieira/Metrópoles
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Brasil assumiu liderança do Mercosul por seis meses

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Em documento divulgado nesta quinta-feira (24/6), ao qual o Metrópoles teve acesso, a indústria afirma que o posicionamento do governo vem sendo consolidado há quase dois anos, sem que tenham tido “consultas consistentes com representações dos segmentos industriais”.

De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), “a redução unilateral das tarifas, neste momento, reforçaria uma já existente competição não isonômica devido aos problemas crônicos de competitividade do Brasil que não foram equacionados”.

Brasil continua no Mercosul

“Nós não vamos sair do Mercosul não, mas não vamos estar num Mercosul movido a ideologia. (…) Vamos ter que modernizar o Mercosul. Já conversei com ministro uruguaio, que está conosco, ministro do Paraguai também diz que está conosco”, disse.

De acordo com o ministro, as mudanças não prejudicarão a Argentina. “Eles estão extraordinariamente protecionistas, nós entendemos, mas eles não podem nos vetar por isso. Essa é a ideia da modernização do Mercosul”, concluiu.

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