Guedes compara atuação de sindicatos ao nazismo e ao fascismo
O ministro participou de seminário que debateu a necessidade de aprovar a Medida Provisória da Liberdade Econômica
atualizado
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Na defesa de reformas que podem recuperar as finanças do país, o ministro da Economia, Paulo Guedes, criticou a atuação de sindicatos brasileiros. Ele atribuiu a conduta das entidades de defesa do trabalhador a práticas de ditadores como Adolf Hitler e Benito Mussolini.
Guedes participou de seminário que debateu a necessidade de aprovar a Medida Provisória da Liberdade Econômica na sede do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília.
Ao falar sobre as mudanças necessárias nas relações trabalhistas, como a criação de “segurança jurídica” para os contratos, Guedes destacou que a conduta dos sindicatos está ligada a regimes totalitários.
“Já pensou se os cirurgiões decidissem parar em todo Brasil até terem seus salários reajustados em 10%? Isso é uma defesa de direitos ou um ataque à população brasileira?”, criticou.
Depois, Guedes destacou: “Eles [sindicatos] agem como Hitler e como Mussolini, que organizavam trabalhadores para defender os próprios interesses. Os sindicatos nasceram nos regimes totalitários e aqui sob a influência da ditadura brasileira”, destacou.
Segundo ele, durante a ditadura militar no Brasil, líderes sindicais se aliaram ao regime para manter “supersalários”. As Forças Armadas estiveram na condução do país entre 1964 e 1985.
No entendimento do ministro, as entidades atrapalham mudanças que podem melhorar a economia. “Estamos tentando mudar isso. Antes, o Brasil recebia gente. Aqui era a fronteira do crescimento. Hoje, está todo mundo indo embora. Quem tem dinheiro compra apartamento em Miami”, avaliou.
Por fim, Guedes defendeu a agenda reformista do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Para ele, a situação econômica só melhorará com “várias reformas”. “Coloca a mão na consciência e veja se não chegou o tempo das reformas”, concluiu.
Guedes comparou os sindicatos a regimes durante criticados. O nazismo nasceu na década de 1930, na Alemanha, com objetivo de fortalecer nacionalmente os alemães. A conduta conservadora e protecionista representou o extremo do totalitarismo e resultou na morte de milhões de pessoas.
Já o fascismo foi criado na Italia na década de 1920. O regime faz prevalecer os conceitos de nação e raça sobre os valores individuais e é representado por um governo autocrático, centralizado na figura de um ditador.