Guedes chora e afirma: “Temos só 15 semanas para mudar o Brasil”
Durante um almoço, o ministro apresentou um cronograma detalhado, por escrito, semana a semana até julho
atualizado
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“Temos só 15 semanas para mudar o Brasil”, foi assim que ministro da Economia, Paulo Guedes, fez nesta terça-feira (03/03) um apelo para que os principais movimentos de rua do país ajudem a agenda de reformas de sua pasta. A fala foi registrada durante um almoço que reuniu representantes desses movimentos na casa do secretário especial de Desestatização da pasta, Salim Mattar, em Brasília. As informações são do site BRPolítico.
Durante o evento, o ministro apresentou um cronograma detalhado, por escrito, semana a semana até julho. Aliados de Guedes afirmaram que o prazo coincide com a agenda do Congresso, uma vez de que depois de julho nada mais deve ser aprovado por conta das eleições municipais.
Os companheiros de Paulo Guedes também negam que haja algum prazo para que o ministro implemente seus projetos, e afirmam que a agenda foi fechada a pedido do próprio Legislativo.
O cronograma
A agenda prevê, por exemplo, que na segunda semana de julho sejam votadas a PEC 188 (do pacto federativo) em segundo turno no plenário da Câmara, a reforma tributária em segundo turno no plenário do Senado, a reforma administrava no plenário do Senado e o projeto de lei 6407 (que muda o marco para o gás natural) no plenário do Senado.
Seguindo o raciocínio a reforma administrava chegaria à Câmara na terceira semana de fevereiro, o que já não aconteceu, e passaria pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara na terceira semana de março, o que está fora de cogitação, uma vez que nem foi enviada ainda.
O Choro
O ministro se emocionou e chegou a chorar. Fez um paralelo entre o Brasil, onde as pessoas foram às ruas defender as reformas, e a França, que enfrentou manifestações contrárias a propostas semelhantes. Disse que é preciso “lutar muito” para fazer avançar seus projetos e se queixou da existência de “muitos adversários” e que não esperava enfrentar “tanta dificuldade”.