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Guedes afirma que CPMF virou “imposto maldito”

Ministro da Economia afirmou, no entanto, que único jeito de deixar de taxar salários no país é a utilização de uma base alternativa

atualizado

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Ministro da Economia, Paulo Guedes
1 de 1 Ministro da Economia, Paulo Guedes - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira (18/12/2019) que a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) virou um “imposto maldito”.

A declaração foi feita durante coletiva de imprensa para divulgar um balanço das ações da equipe econômica no primeiro ano do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

“A CPMF virou um imposto maldito, já desde a campanha. O presidente falou: eu não quero esse troço. E todo mundo. Então, acabou-se. Nós, por outro lado, sempre examinaremos bases amplas. Nós precisamos de bases amplas”, declarou.

Questionado sobre uma possível recriação da CPMF na última terça-feira (17/12/2019), o presidente Bolsonaro disse “que todas as alternativas” estavam na mesa. A medida, no entanto, é considerada pela equipe econômica como uma forma para compensar a desoneração da folha de pagamento no Brasil.

“O que nós sabemos é o seguinte: só tem um jeito de desonerar a folha de pagamentos, que é o mais cruel e perverso de todos os impostos […]. Você precisa de uma base alternativa de tributação”, afirmou Guedes.

Segundo o secretário especial da Receita Federal, José Barro Tostes Neto, os estudos da equipe econômica sobre o uso do imposto sobre transações para deixar de taxar os salários o país estão prontos, mas deixaram de ser considerados “momentaneamente”.

“Diversas fontes foram consideradas como fontes alternativas dessa desoneração integral. Se considerou financiar com ajustes nas alíquotas nos demais tributos, o que se demonstrou bastante difícil. Se estudou também a possibilidade de utilizar uma revisão que será feita nos gastos tributários. Se estudou a utilização da base de transações financeiras. [Esses estudos] deixaram de ser considerados a partir de um determinado momento, a partir da diretriz do governo de não tratar desse tema momentaneamente”, disse Tostes Neto.

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