metropoles.com

Governo tem pior déficit para o 1º semestre desde 1997: R$ 56 bilhões

Nos primeiros seis meses de 2016, rombo das contas do Tesouro Nacional, da Previdência e do Banco Central foi de R$ 36,47 bilhões

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Felipe Menezes/Metrópoles
Brasília (DF), 23/11/2016FachadasLocal: BrasiliaFoto: Felipe
1 de 1 Brasília (DF), 23/11/2016FachadasLocal: BrasiliaFoto: Felipe - Foto: Felipe Menezes/Metrópoles

O governo central registrou déficit primário de R$ 56 bilhões, o pior desempenho para o período em toda a série histórica, que tem início em 1997. Até então, o maior rombo para os primeiros seis meses do ano havia sido registrado em 2016, quando ficou em R$ 36,47 bilhões negativos.

Em, o déficit foi de R$ 19,79 bilhões, também o pior desempenho para o mês na série histórica. O resultado, que reúne as contas do Tesouro Nacional, da Previdência Social e do Banco Central, sucede o déficit de R$ 29,37 bilhões de maio.

Assim como no mês passado, pesaram em junho despesas com o pagamento antecipado de precatórios, geralmente feitos no fim do ano. No acumulado dos dois meses, o valor pago foi de R$ 20,3 bilhões, sendo R$ 18,1 bilhões antecipados (R$ 10 bilhões em maio e R$ 8,1 bilhões em junho).

O governo decidiu efetuar o pagamento agora para reduzir o valor gasto com correção monetária até o fim do ano. A economia é estimada de R$ 600 milhões a R$ 700 milhões.

Um ano
Em 12 meses, o governo central apresenta um déficit de R$ 182,8 bilhões, equivalente a 2,83% do PIB. Para este ano, a meta fiscal admite um déficit de R$ 139 bilhões nas contas do governo central. O Tesouro ressaltou, no entanto, que sem a antecipação do pagamento de precatórios o déficit seria menor, de R$ 164,7 bilhões no período.

As contas do Tesouro Nacional — incluindo o Banco Central — registraram um déficit primário de R$ 6,958 bilhões em junho. No ano, o superávit primário acumulado nas contas do Tesouro Nacional (com BC) é de R$ 26,77 bilhões. As contas apenas do Banco Central tiveram déficit de R$ 28 milhões em junho e de R$ 389 milhões no primeiro semestre.

No mês passado, o resultado do INSS foi um déficit de R$ 12,84 bilhões. Já no acumulado do ano, o resultado foi negativo em R$ 82,86 bilhões.

Receitas
As receitas do governo tiveram alta real de 1,4% em junho em relação a igual mês do ano passado. Já as despesas tiveram alta real de 10,5% em igual base de comparação. No primeiro semestre, as receitas do governo central recuaram 1,2% ante igual período de 2016, enquanto as despesas aumentaram 0,5% no mesmo período.

Investimentos
Os investimentos do governo federal caíram a R$ 16,92 bilhões no primeiro semestre de 2017. Desse total, R$ 10,39 bilhões são restos a pagar, ou seja, despesas de anos anteriores que foram transferidas para 2017. De janeiro a junho do ano passado, os investimentos totais haviam somado R$ 26,75 bilhões.

Os investimentos no Programa de Aceleração Econômica (PAC) somaram R$ 2,31 bilhões em junho, queda real de 15,5% ante igual mês do ano passado. Já no acumulado do primeiro semestre, as despesas com o PAC somaram R$ 10,33 bilhões, recuo de 48,2% ante igual período de 2016, já descontada a inflação.

Teto
As despesas sujeitas ao teto de gastos aprovado pela Emenda Constitucional 95 subiram 7,0% no primeiro semestre deste ano em relação a igual período de 2016, segundo o Tesouro Nacional. Para o ano, o limite de crescimento das despesas do governo é de 7,2%.

Embora o total das despesas esteja previamente enquadrado no limite, alguns poderes e órgãos estão com gastos crescendo acima do teto. São os casos do Poder Legislativo (8,2%) e da Defensoria Pública da União (DPU), com alta de 18,5%.

No caso do Legislativo, tanto o Senado Federal (8,3%) quanto o Tribunal de Contas da União (12,5%) estão com avanço maior do que o permitido pela emenda constitucional. Além deles e da DPU, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) registra avanço de 10,6% em suas despesas no primeiro semestre.

Ultrapassar o teto ao longo do ano não implica penalidades ou sanções, já que o que vale para verificação do cumprimento do limite é o dado consolidado do fim do ano.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?