Governo quer reservar R$ 2,5 bi para reajuste de servidores em 2022
Guedes enviou ao Congresso pedido para que valor seja reservado no orçamento. Bolsonaro já disse que policiais estarão entre os contemplados
atualizado
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O ministro Paulo Guedes (Economia) cedeu à pressão do presidente Jair Bolsonaro (PL) e enviou um ofício ao Congresso pedindo que sejam reservados R$ 2,5 bilhões no Orçamento de 2022 para reajustes salariais em ano eleitoral.
O documento não descreve as categorias beneficiadas, mas Bolsonaro já frisou que as corporações policiais, que fazem parte da base aliada de seu governo, serão contempladas.
A declaração ocorreu nessa terça-feira (14/12), em evento no Palácio do Planalto sobre ações da Polícia Rodoviária Federal. “Não é bom falar antes das coisas acontecerem. Mas temos reunião com a equipe econômica. Para discutir uma coisa que interessa a todos vocês”, afirmou o presidente.
No documento, Guedes defende a reserva e destaca a necessidade dos R$ 2,5 bilhões para despesas primárias, que fragilizam o teto de gastos, a regra que limita o avanço das despesas à inflação.
Outros R$ 355 milhões são despesas financeiras, que não estão embaixo do teto. A reserva deve pagar a contribuição da União para o regime previdenciário desses servidores.
Na segunda-feira (13/12), Guedes recebeu as autoridades pedindo o reajuste salarial. Na caravana, juntaram-se o ministro da Justiça, Anderson Torres, os diretores-gerais da Polícia Federal, Paulo Maiurino, da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Marques, e do Departamento Penitenciário, Tânia Fogaça.
Para pressionar ainda mais o chefe da pasta econômica, Torres publicou em seu Twitter, logo após a reunião, uma foto do grupo ao lado de Guedes, dizendo ter entregado a proposta de reestruturação das carreiras policiais.
“Entreguei hoje (13), para processamento do @MinEconomia o resultado de meses de intenso trabalho do @JusticaGovBR: reestruturação das carreiras da @policiafederal, @PRFBrasil e do @depenmj! É o governo @jairbolsonaro buscando ainda mais valorização das forças de segurança”, escreveu.