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Governo prevê faixas de isenção do IR; dedução de saúde segue integral

“A reforma vai contemplar todas as faixas de renda, mas não na mesma proporção”, disse Haddad ao detalhar o corte de gastos públicos

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1 de 1 imposto de renda - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O governo federal detalhou, nesta quinta-feira (28/11), a revisão de gastos públicos que deve garantir uma economia de R$ 327 bilhões nos próximos cinco anos. O pacote propõe isentar o Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês.

A medida é uma das promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Embora anunciada neste ano, a isenção só passará a valer a partir de 2026, como mostrou o Metrópoles, na coluna do Igor Gadelha.

“A reforma vai contemplar todas as faixas de renda, mas não na mesma proporção”, afirmou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad durante coletiva de imprensa que detalhou o corte de gastos da União.

Na proposta do governo, institui três faixas de cobrança de IR:

  • isenção para aqueles que recebem até R$ 5 mil por mês;
  • desconto entre R$ 5 mil e R$ 7,5 mil por mês; e
  • cobrança da alíquota cheia para aqueles que recebem acima de R$ 7,5 mil por mês.

Além da isenção, o governo anunciou que quer instituir uma nova alíquota de até 10% para quem recebe mais de R$ 50 mil por mês — cerca de R$ 600 mil por ano.

“Pessoas que hoje têm renda e não pagam imposto. Uma renda superior a R$ 50 mil por mês, ou R$ 600 mil por ano, vão passar a pagar o mínimo. Alugueis, salários, dividendos, juros. Vai somar o que recebeu, e vai calcular 10% desse valor em todas rubricas”, detalhou Haddad.

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O secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, destacou que a alíquota terá aumento progressivo até chegar aos 10% para os contribuintes que recebem mais do que R$ 1 milhão por mês.

“[A alíquota] começa crescente a partir de R$ 600 mil e vai chegar em 10% em R$ 1 milhão. Para quem ganha mais de R$ 1 milhão no ano, será aquela alíquota de 10%, que é aquela alíquota máxima”, disse Durigan.

Isenção do IR por razão de saúde

“Nós estamos fazendo um conceito novo de Imposto de Renda mínimo, considerando toda a renda da pessoa e tudo o que ela pagou de Imposto de Renda nesse exercício”, explicou o ministro Haddad.

Segundo ele, a equipe econômica do governo Lula (PT) está considerando mudanças na isenção por problemas de saúde. O titular da Fazenda indicou que os gastos com saúde vão continuar 100% dedutíveis, no entanto, afirmou que a isenção do IR por razão de saúde estará limitada para quem ganha até R$ 20 mil por mês.

“Existem pessoas que ficam isentas do IR por razões de saúde, e todo mundo pode abater despesa de saúde na sua integralidade. Esta segunda regra não vai alterar”, ressaltou. “Contudo, a isenção do Imposto de Renda por razões de saúde vai ficar limitada para quem tem salário de até R$ 20 mil por mês. Para além disso, a pessoa vai continuar deduzindo os gastos com saúde, mas não vai ficar 100% isenta”, explicou.

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