Governo não define preços estabelecidos pela Petrobras, diz ministro
Hoje, a Petrobras anunciou a redução do preço da gasolina em 3,2% em suas refinarias. Meirelles disse que o governo não interfere nessas medidas
atualizado
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O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta sexta-feira (14/10) que a redução de preços da Petrobras em suas refinarias é favorável do ponto de vista da inflação, mas que o reflexo no preço aos consumidores será decidido pela empresa, e não pelo governo.
Meirelles enfatizou que a estatal de petróleo brasileira é uma empresa autônoma.
“Os preços de gasolina, de óleo diesel etc deixaram de ser definidos pelo Executivo tendo em vista alguns objetivos outros de política econômica. O importante agora é que a Petrobras fixe seus preços e não há dúvida que, nesse caso específico, é favorável do ponto de vista da inflação. Mas isso é uma decisão clara da Petrobras, autônoma. É uma das características mais importantes agora dessa política econômica, que é respeitar a realidade”, disse Meirelles na saída de reunião com a presidente Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia.
O ministro da Fazenda disse ainda que Petrobras tem que seguir tendo responsabilidade com seus acionistas e com o país, no sentido de ser uma empresa viável, que cumpre com suas obrigações, entre elas a de exploração e refino de petróleo em circunstâncias adequadas.
Hoje, a Petrobras anunciou a redução do preço da gasolina em 3,2% em suas refinarias, a partir da zero hora de amanhã (15). Também haverá redução de 2,7% no preço do diesel. Os reajustes são reflexo da nova política de preços aprovada pela empresa.A expectativa é que com a redução nos preços, haja impactos positivos nos índices de inflação e, consequentemente, nos juros. Na próxima semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne para definir a tendência dos juros básicos da economia, um dos instrumentos do Banco Central para combater a alta dos preços.
Após a última reunião do comitê, em setembro, a autoridade monetária disse que só reduzirá os juros se sentir confiança de que a meta de inflação para 2017, de 4,5% mais 1,5% de tolerância, será cumprida.
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