Governo lança projeto de R$ 1 bi para segurança alimentar no Nordeste
A previsão é apoiar 250 mil famílias com investimentos em práticas agrícolas e em segurança hídrica, afirma o Ministério da Economia
atualizado
Compartilhar notícia
O governo informou, nesta sexta-feira (2/7), que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Fundo Internacional para Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e o Ministério da Economia concluíram as negociações para captação de recursos ao projeto Semeando Resiliência Climática em Comunidades Rurais do Nordeste (PCRP).
O proposta é transformar os sistemas produtivos dos agricultores familiares no semiárido do Nordeste para aumentar a produtividade e, ao mesmo tempo, melhorar a capacidade para enfrentar os desafios contínuos das mudanças climáticas, de acordo com o Executivo.
A previsão é apoiar 250 mil famílias com investimentos em práticas agrícolas e em segurança hídrica, alcançando uma área de cerca de 84 mil hectares e restaurando ecossistemas degradados com potencial para a prestação de serviços ambientais.
“O Brasil, como os outros países da América Latina, enfrenta desigualdades persistentes e grandes bolsões de pobreza permanecem pelo país, especialmente no Nordeste, onde praticamente 60% dos brasileiros em situação de pobreza residem”, afirma Rossana Polastri, diretora da Divisão de América Latina e Caribe do FIDA.
Segundo o Ministério da Economia, o projeto será apoiado pelo Green Climate Fund (GCF), uma iniciativa da ONU que destina recursos para projetos de mitigação e adaptação às mudanças climáticas nos países em desenvolvimento.
“Os recursos do GCF a serem aportados na iniciativa são da ordem de US$ 100 milhões, sendo US$ 34,5 milhões em doação e US$ 65 milhões em crédito e chegarão ao BNDES por meio do FIDA. Este, que atuará como entidade credenciada junto ao GCF para captação de recursos, aportará US$ 30 milhões em crédito”, explicou o governo, em nota. De recursos nacionais, serão US$ 73 milhões, entre financiamento do BNDES, como entidade executora junto ao GCF, e a contrapartida dos estados, que serão os implementadores do projeto.
Os próximos passos são a conclusão dos arranjos de implementação do projeto e sua apreciação pela Diretoria do BNDES, além da obtenção da garantia da União, a ser aprovada pelo Senado Federal.