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Governo federal inclui EBC e Eletrobras no plano de privatizações

O Ministério da Economia também anunciou que foi concluída a primeira fase dos estudos para a privatização dos Correios

atualizado

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Marcelo Camargo/EBC
Seguro Empresa Brasil de Comunicações (EBC)
1 de 1 Seguro Empresa Brasil de Comunicações (EBC) - Foto: Marcelo Camargo/EBC

O governo informou nesta terça-feira (16/3) que a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e a Eletrobras acabaram de ser incluídas no Plano Nacional de Desestatização (PND). Junto com a notícia, o Ministério da Economia anunciou que foi concluída a primeira fase dos estudos para a privatização dos Correios.

O Conselho do Programa de Parcerias e Investimentos (CPPI) se reuniu na tarde desta terça com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e com o ministro da Economia, Paulo Guedes, em reunião extraordinária para discutir esses assuntos.

Com a estatização da EBC, o governo afirma que poderão ser retirados  R$ 400 milhões das despesas públicas. No entanto, isso não significa que a venda da empresa está garantida. A secretária especial do PPI, Martha Seillier, explicou que a inclusão da EBC no Plano Nacional de Desestatização é apenas uma das etapas do processo. “Nesta fase, vamos estudar os prós e contras da privatização”, afirmou. 

No ano passado, o presidente Jair Bolsonaro e o ministro Fábio Faria chegaram a dizer que a empresa não seria privatizada, mas “enxugada”. Na época, Faria também afirmou que a empresa registrava por ano um prejuízo de R$ 550 milhões. Em carta aberta à sociedade, entretanto, a Frente em Defesa da EBC e da Comunicação Pública contrariou o ministro. “A EBC é uma empresa pública dependente, e não autossuficiente como Correios ou Banco do Brasil. Embora ela consiga arrecadar recursos com patrocínios e prestação de serviços, suas fontes de financiamento não servem e nunca servirão para torná-la autônoma”, ponderou a Frente.

Apesar da movimentação do governo a favor da agenda de privatização, economistas ouvidos pelo Metrópoles acreditam que a pauta ainda demorará para ser efetivada.

“Essa ideologia pró-privatização, acredito que seja uma convicção do ministro da Economia (Paulo Guedes), não do presidente. Nunca ouvi Bolsonaro falar de privatização e das vantagens disso, em comparação com as empresas públicas”, afirmou o ex-secretário de Assuntos Econômicos do Ministério de Planejamento, o economista Raul Velloso.

A economista e ex-diretora do BNDES Elena Landau foi além e disse que a desestatização dos Correios é um mito. “A agenda de privatização não existe. O programa de privatização da Eletrobras e Correios é um mito. Guedes achou que ia transformar Bolsonaro, mas toda vida o presidente foi contra a privatização. Por que ia mudar agora?”, questionou.

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Fachada do prédio da Eletrobrás, no centro do Rio de Janeiro. Os funcionários da Eletrobras entraram em greve na última segunda-feira (14/2)
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Justiça dá dois dias para EBC se manifestar sobre "surto de coronavírus"
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Fachada do prédio da Eletrobrás, no centro do Rio de Janeiro. Os funcionários da Eletrobras entraram em greve na última segunda-feira (14/2)

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