metropoles.com

Governo estuda tributação das empresas chinesas do e-commerce

Ministério da Fazenda informou que “tema está sendo tratado”, mas não está definido o instrumento legal para tratar os produtos das chinesas

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Divulgação/ Shopee
entregador shopee
1 de 1 entregador shopee - Foto: Divulgação/ Shopee

Em meio às críticas da classe política sobre o modelo de negócios das gigantes chinesas do e-commerce, o Ministério da Fazenda informou ao Metrópoles, nesta sexta-feira (24/3), que as “propostas [para a tributação], quando finalizadas, serão apresentadas após validação interna no governo”.

“O tema está sendo tratado, mas, até o momento, não está definido o instrumento legal para tratamento desses produtos”, destacou a assessoria da Fazenda.

O governo mira as empresas Shein, Shopee e Aliexpress. As companhias ganharam o gosto dos brasileiros pelos preços e pela comodidade. Houve ainda impulso no consumo digital no pós-pandemia da Covid-19.

Em meio ao fogo cruzado, a Shein informou ao Metrópoles que a empresa cumpre todas as leis do país, vende produtos acessíveis para atender aos consumidores e não “mede esforços para empoderar as comunidades locais”.

“A empresa destaca ainda que, com o seu modelo único de produção, em pequena escala e com demanda garantida, produz produtos de qualidade e acessíveis para atender à demanda de seus consumidores. Além disso, não mede esforços para empoderar comunidades locais, tanto econômica como socialmente”, ressaltou a Shein em nota.

A Shein também declarou que busca parcerias com fornecedores do mercado local. “Reiteramos que temos nos esforçado para estabelecer parcerias com diversos fornecedores e vendedores locais no mercado brasileiro, bem como alavancar a plataforma de vendas, insights e marketing da companhia para apoiar o crescimento e sucesso dos seus negócios no país”, completou.

Na mira da Esplanada

O presidente Lula é um dos que já teceu críticas ao modelo chinês. O mandatário apontou a falta de taxação desses produtos importados como um problema.

“Eu quero uma relação extraordinária com os chineses, a melhor possível, mas nós não podemos aceitar que as pessoas fiquem vendendo para cá sem pagar imposto. É preciso que a gente tenha seriedade nisso”, declarou Lula, em entrevista ao portal 247.

“Está crescendo a importação de produtos que não pagam imposto nesse país. Ou seja: como é que a gente vai poder ficar vivendo assim?”, questionou.

Durante um evento, o presidente da Frente Parlamentar Mista do Empreendedorismo (FPE), deputado Marco Bertaiolli (PSD-SP), citou a questão da competitividade: “Vamos pedir para as empresas brasileiras terem a mesma competitividade. É uma concorrência desleal quando você tem um tratamento desigual para produtos iguais”.

“Esse mercado, há dois anos, poderia não afetar a indústria nacional. Mas, nos volumes a que nós estamos chegando, no mundo inteiro, eles (os sites) começam a promover uma concorrência que não é do mesmo tratamento”, argumentou.

“Eu defendo que haja tratamento isonômico para as empresas nacionais em relação a qualquer comércio; senão, a gente está numa condição de desvantagem”, opinou.

O Metrópoles procurou a assessoria da Shopee, mas não obteve resposta. O site não encontrou a assessoria do Aliexpress. O espaço segue aberto para futuras manifestações.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?