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Governo cria “bandeira de escassez hídrica”, com aumento de 50%

O novo valor passa a ser de R$ 14,20/100 kWh, com vigência a partir desta quarta-feira (1º de setembro) e duração até 30 de abril de 2022

atualizado

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Linhas de transmissão de energia no DF
1 de 1 Linhas de transmissão de energia no DF - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Para cobrir os custos das usinas termelétricas, que tiveram o uso triplicado devido à crise hídrica, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta terça-feira (31/8) a criação da “bandeira de escassez hídrica”. O novo valor será será de R$ 14,20/100 kWh, com vigência a partir desta quarta-feira (1º de setembro) e duração até 30 de abril de 2022.

Até então, a bandeira vermelha patamar 2 era a mais cara do sistema. Em vigor desde junho, a tarifa já tinha acréscimo de R$ 9,49 a cada kWh na conta mensal. Agora, a nova bandeira possui alta de 49,63% em relação à bandeira vermelha patamar 2.

Para os consumidores, o aumento na conta de luz será de 6,78%. “Quem paga essa bandeira são todos os consumidores do estado cativo de distribuidoras. Com exceção do estado de Roraima e dos consumidores inscritos nos programas sociais, que pagam tarifa social do governo”, explica o diretor-geral da Aneel, André Pepitone.

O reajuste anunciado nesta tarde é o segundo do ano. De janeiro a abril, vigorou a bandeira amarela no país, com custo de R$ 1,343 para cada 100 kWh. Em maio, entretanto, o cenário começou a mudar e passou a valer a bandeira vermelha patamar 1, com custo de R$ 4,169 para cada 100 kWh.
A piora da situação hídrica no país, em junho, obrigou que fosse acionada a bandeira vermelha patamar 2, ao custo de R$ 6,243 para cada 100 kWh. Em julho e agosto foi mantida a mesma tarifa, mas com reajuste de R$ 9,49.
Crise hídrica

A razão para a disparada da tarifa é a seca nas principais bacias hidrográficas que abastecem o país, devido a um baixo volume de chuvas na região dos reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste, que respondem por 70% da geração de energia no Brasil. Desde outubro de 2020, esse é o menor volume registrado dos últimos 91 anos.

“O aumento da bandeira tarifária está ligado à necessidade de acionamento de novas usinas termelétricas, já que a rede atual não está dando conta do nível de consumo”, explicou Henrique Costa, CEO da Accell Solutions, ao Metrópoles.

Por esse motivo, o debate sobre a possibilidade de um racionamento fica cada vez mais forte. Às 20h30, o ministro de Estado de Minas e Energia, Bento Albuquerque, fará um pronunciamento sobre o assunto em rede nacional de rádio e televisão.

Albuquerque também deve falar sobre uma campanha de incentivo à redução do consumo de energia.

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