Gol quer renegociar R$ 2,2 bilhões em títulos de dívidas
O objetivo da Gol é prorrogar prazo de 2024 para 2027 ou 2029; companhia aérea também quer estender o prazo de títulos que vencem em 2025
atualizado
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A Gol tentará estender o vencimento de US$ 425 milhões (cerca de R$ 2,2 bilhões) em títulos de dívida cujo vencimento é em 2024.
O objetivo da companhia é prorrogar esse prazo para 2027 ou 2029, segundo informações publicadas pelo jornal O Estado de S. Paulo.
Entre as propostas estudadas pela Gol, está a conversão dos títulos de dívida (bonds) em ações do Abra Group – holding que agregará ações da Gol e da Avianca.
Além do alongamento dos títulos de dívida, a Gol pretende estender o prazo de US$ 650 milhões (R$ 3,4 bilhões) em bonds que vencem em 2025.
Aumento na demanda e ocupação
No início da semana, a Gol divulgou os dados operacionais do mês de novembro. Segundo a companhia aérea, tanto a demanda quanto a ocupação das aeronaves seguem em recuperação, resultado do arrefecimento da pandemia de Covid-19 no Brasil e no mundo.
A demanda total por bilhetes aumentou 28,5% em relação a novembro de 2021, e a taxa média de ocupação das aeronaves chegou a 81%, números similares ao patamar pré-pandemia, em 2019. Já a oferta de assentos aumentou 30% no mesmo período.
Prejuízos no setor
Embora os números de ocupação e demanda estejam melhorando, as companhias aéreas ainda enfrentam desafios operacionais. A alta do petróleo e do dólar encareceu os custos de manutenção das aeronaves, e as empresas não têm conseguido repassar os novos valores de forma integral para as passagens.
As principais companhias aéreas da América Latina devem terminar 2022 acumulando um prejuízo de US$ 2 bilhões (cerca de R$ 10,5 bilhões). A estimativa é da Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata).
Em 2023, ainda de acordo com a entidade, o setor deve perder US$ 795 milhões (R$ 4,1 bilhões).