Gastos obrigatórios do governo federal vão perder R$ 4,8 bilhões
A medida ajudará o governo a remanejar recursos para ministérios que ficaram afogados com os cortes orçamentários
atualizado
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O Ministério da Economia divulgou nesta sexta-feira (21/5) que houve uma redução dos gastos obrigatórios em cerca de R$ 4,8 bilhões no Orçamento de 2021.
A medida ajudará o governo a remanejar recursos e aumentar os gastos discricionários para ministérios que ficaram afogados com os cortes orçamentários. A informação consta no relatório de avaliação de receitas e despesas do 2º bimestre.
De acordo com o ministério, o reajuste abre a possibilidade de redução do bloqueio no Orçamento de R$ 4,521 bilhões. Hoje, o montante está em R$ 9,3 bilhões.
Para isso, o governo reduziu gastos com abono salarial e seguro-desemprego em R$ 1,322 bilhão, nas previsões de gastos com subsídios e subvenções (R$ 848,8 milhões), nos subsídios aos fundos constitucionais (R$ 1,39 bilhão), na compensação ao INSS pela desoneração da folha (R$ 933,2 milhões) e em outras despesas (R$ 798,3 milhões).
Além disso, houve uma diminuição de R$ 19,8 bilhões nas despesas discricionárias, enquanto as despesas obrigatórias passaram de R$ 1,491 trilhão para R$ 1,501 trilhão e a despesa total, de R$ 1,631 trilhão para R$ 1,620 trilhão.
Ainda segundo dados do relatório, o rombo nas contas públicas deve ser aliviado em relação à projeção inicial, uma vez que a arrecadação de tributos apresentou melhoras consideráveis em abril. O déficit calculado está em R$ 187,7 bilhões, valor menor do que a meta, a qual permite um resultado negativo de até R$ 247,1 bilhões.