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Gastos com beleza voltam a crescer em meio à flexibilização da quarentena

Investimento no setor registrou, em julho deste ano, o mesmo patamar de fevereiro, mas ainda 4,6% menor do que o de janeiro

atualizado

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Os gastos de brasileiros com beleza cresceram e voltaram ao patamar anterior à pandemia do novo coronavírus, segundo levantamento da Mobills, startup de gestão de finanças pessoais.

Em março, início da quarentena no Brasil, os despesas no setor tiveram uma queda de 25,3% em comparação com fevereiro. A baixa se acentuou em abril, com outro tombo, de 14,7%.

A partir de maio, no entanto, o dinheiro investido no comércio de beleza passou a aumentar e registrou em julho o mesmo nível que fevereiro, mas ainda 4,6% menor do que janeiro.

A Mobills analisou dados de mais de 33 mil usuários do aplicativo. O CEO da startup, Carlos Terceiro, avalia que a alta nas despesas com beleza está associada à flexibilização da quarentena.

Em agosto, apenas 20,1% dos brasileiros ficaram rigorosamente isolados por causa da pandemia, segundo dados do IBGE divulgados nessa quarta-feira (23/9). Essa taxa era de 23,3% em julho.

“A queda nos gastos do setor pode estar, em sua maioria, relacionada à restrição oriunda do isolamento social e não necessariamente à crise ou redução de renda de milhares de pessoas”, diz.

A marketplace de beleza e bem-estar Singu foi uma das empresas que notou essa retomada no setor. Hoje, a startup fatura 20% mais do que em março, segundo o diretor de Operações, João Fernandes.

“O que mais tem sido impactado com a pandemia é a área de serviços, mas a gente voltou ao patamar de antes, apesar de os salões de beleza não terem voltado completamente”, explica.

A Singu é um aplicativo que conecta o cliente a um profissional de beleza, que foi testado e aprovado pela empresa. É possível escolher local, data e horário por meio do app.

“Do lado do cliente, a gente observa que a mulher brasileira não deixa de fazer unha, mesmo na crise. Ou ela está fazendo em casa ou faz com as amigas, por exemplo”, sintetiza o COO.

É possível economizar?

Carlos Terceiro, do app de gestão financeira, explica que gastos com beleza não são considerados essenciais – a não ser que a pessoa trabalhe na área – e que podem ser economizados.

“Como boa parte dos produtos e serviços, esses também sofrem variações de preços a depender de marca e local de compra. Logo, uma boa forma de economizar é fazendo pesquisas de preço”, diz.

“Além disso”, ressalta o especialista em finanças pessoais, “sempre é bom verificar se não há cupons de descontos ou cashback na compra, tornando-a ainda mais atrativa.”

Terceiro considera também ser essencial que o consumidor tenha um planejamento de gastos. Isso é importante para evitar o consumo excessivo e desnecessário, inclusive com beleza.

“Saiba quanto você ganha, monte um orçamento, divida seu planejamento por categorias, controle e analise seus gastos e nunca gaste mais do que ganha”, recomenda o especialista.

“O limite depende da renda e gastos essenciais de cada pessoa, o que é muito relativo e que interfere diretamente na capacidade de gastar com produtos ou bens considerados não essenciais”, completa.

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