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FUP: petroleiros aguardam melhor momento para deflagrar greve

Sindicalistas aguardam a oportunidade em que a paralisação provoque mais prejuízo à Petrobras

atualizado

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A Federação Única dos Petroleiros (FUP) está aguardando o melhor momento para deflagrar a greve em todas as unidades da Petrobras anunciada na semana passada. Os sindicalistas aguardam a oportunidade em que a paralisação, em plataformas, refinarias e terminais, provoque prejuízo à estatal.

Segundo o coordenador-geral da FUP, José Maria Rangel, o movimento poderá ser deflagrado a qualquer momento.

O comunicado de greve por tempo indeterminado foi protocolado na sede da Petrobras na sexta-feira (4). De acordo com o Rangel, até esta segunda-feira (7), a companhia não respondeu ao pedido de reunião para definir com a FUP cotas mínimas de produção e efetivo trabalhando.

“Temos a informação de que a empresa colocou equipes de contingência em plataformas e refinarias, o que descumpre a legislação de greve”, afirmou Rangel.

Embora a data-base de negociação salarial dos petroleiros da Petrobras seja neste mês, a movimento de greve da FUP não trata de reajustes dos salários. As principais reivindicações são a suspensão do plano de venda de ativos da empresa e a melhoria no controle da segurança do trabalho.

O plano de negócios da Petrobras para o período de 2015 a 2019 prevê a venda de ativos no valor de US$ 57,7 bilhões. Sobre a segurança no trabalho, Rangel destacou que houve 16 mortes neste ano em todas as operações da petroleira. “Cobramos um setor de segurança que tenha autonomia de ação”, disse o coordenador da FUP.

O clima entre a direção da Petrobras e os sindicalistas esquentou nas últimas semanas, após a empresa anunciar o plano de cortar despesas, que podem somar US$ 12 bilhões até 2019, como revelou o Broadcast. A relação entre empresas e sindicalistas piorou ainda mais depois de uma reunião em que executivos da área de recursos humanos informaram que as negociações salariais a partir de agora serão fragmentadas por subsidiária, e não ocorrerão mais para todo o grupo Petrobras.

“A interlocução está muito difícil. A direção tem um viés do setor bancário, que tem um modelo de negociação completamente diferente. Estão achando que a Petrobras é banco”, afirmou Rangel, numa alusão à equipe comandada pelo presidente Aldemir Bendine, que substituiu Graça Foster em fevereiro, com a missão de reestruturar a companhia.

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