Focus: mercado reduz projeção da inflação para 5,88% neste ano
Projeção dos analistas se manteve praticamente estável nesta semana à espera de novos índices. Expectativa do PIB também cresceu
atualizado
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O Boletim Focus desta segunda-feira (26/9) cortou, pela 13ª vez, a estimativa para a inflação do país neste ano, de 6% para 5,88%. A projeção consta no relatório elaborado pelo Banco Central (BC), que ouve semanalmente agentes financeiros e colhe impressões sobre os principais indicadores econômicos.
O relatório não trabalha com informações atualizadas do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), uma medição prévia da inflação, que será divulgado nesta terça-feira (27/9).
As informações mais recentes são do último IPCA, que apresentou desaceleração desacelerou e ficou em 0,13% em julho, abaixo da taxa de 0,69% registrada em junho.
Para este ano, a meta para a inflação estabelecida pelo governo está em 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. Ou seja, para cumprir a meta deste ano, a inflação deveria ficar entre 2% e 5%. O próprio BC admitiu, no entanto, que este deve ser o segundo ano seguido em que a inflação vai estourar o teto da meta.
A previsão da inflação oficial do país em 2023 também caiu: foi de 5,17% para 5,01%. A meta para o próximo ano é de 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
A inflação gera impacto no poder de compra da população, em especial das que recebem salários mais baixos. Quanto maior a inflação, menor o poder de compra.
PIB, dólar e Selic
A projeção para o Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma das riquezas produzidas pelo país, de 2022 aumentou de 2,65%, na semana passada, para 2,67%, nesta semana. Para 2023, a previsão de crescimento permanece em 0,50%.
O mercado espera que a moeda norte-americana fique cotada a R$ 5,20 tanto neste ano quanto no próximo, as mesmas projeções há semanas.
Sobre a taxa básica de juros, a previsão é que a Selic se mantenha em 13,75%, atual taxa estipulada pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A Selic alcançou o maior nível desde janeiro de 2017, quando estava em 13%. Para 2023, a expectativa é de 11,25%.