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Focus: mercado eleva projeções para inflação, PIB e dólar

Por outro lado, a projeção dos analistas do mercado financeiro consultados pelo BC para a taxa de juros, a Selic, permaneceu inalterada

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Banco Central do Brasil BACEN - Copom - Metrópoles
1 de 1 Banco Central do Brasil BACEN - Copom - Metrópoles - Foto: Breno Esaki/Metrópoles

O mercado financeiro subiu as projeções do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, do Produto Interno Bruto (PIB) e do dólar para 2024.

Por outro lado, a estimativa da taxa básica de juros do país, a Selic, para este ano permanece inalterada, pela terceira semana seguida, em 11,75% ao ano.

As informações estão presentes no relatório Focus, divulgado pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (21/10). Os dados são fruto de análise de mais de 100 especialistas do mercado financeiro, consultados semanalmente na pesquisa.

Inflação

A estimativa do IPCA passou de 4,39% para 4,50%, representando um acréscimo de 0,11 ponto percentual. Com isso, o mercado acredita que a inflação chegará ao teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

A meta da inflação para 2024 é de 3%, com variação de 1,5 ponto percentual (ou seja: 1,5% e 4,5%).

Para 2025, a projeção subiu de 3,96% para 3,99%. Para os anos de 2026 e 2027, a previsão permaneceu em 3,60% e 3,50%, respectivamente.

Selic

De acordo com a projeção dos economistas, a Selic subirá dos atuais 10,75% ao ano para 11,75% ao ano até o fim de 2024.

Ou seja, os dados indicam que os analistas esperam que o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC aumente a taxa de juros nas próximas duas reuniões do comitê (de novembro e dezembro).

Pela segunda semana seguida, o mercado estima que os juros passarão de 11% ao ano para 11,25% ao ano em 2025. E, pela oitava semana consecutiva, a previsão para taxa de juros em 2026 ficou em 9,50% ao ano.

PIB

A previsão do PIB deste ano cresceu pela segunda semana consecutiva, indo de 3,01% para 3,05%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou cidade, geralmente em um ano.

Assim, as expectativas do mercado para o crescimento da economia brasileira estão cada vez mais próximas das estimativas feitas pela Secretaria de Política Econômica (SPE), do Ministério da Fazenda, e do Banco Central. Ambas prevêem crescimento de 3,2% em 2024.

Para 2025, a previsão dos economistas continua em 1,93%.

Dólar e balança comercial

O mercado financeiro espera que a taxa de câmbio, ou seja, o dólar suba de R$ 5,40 para R$ 5,42 até o fim do ano. Para 2025, o valor estimado continua sendo de R$ 5,40.

Já o saldo da balança comercial (valores do total exportações menos as importações) caiu, pela terceira semana seguida, de R$ 80 bilhões para R$ 78 bilhões de superávit em 2024, conforme projeção do mercado.

Enquanto para 2025 a expectativa para saldo positivo cresceu, indo de R$ 76,06 bilhões para R$ 76,09 bilhões. Em 2026, o saldo da balança comercial passou de R$ 78 bilhões para R$ 79 bilhões.

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