FMI diz que ação “muito mais decisiva” é necessária para lidar com dívidas
G20 prorrogou o congelamento do serviço da dívida para países pobres. Chefe do FMI elogiou medida, porém disse ser preciso mais
atualizado
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A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, disse, neste domingo (18/10), ser necessário que os países adotem medidas mais significativas para lidar com as dívidas – intensificadas por causa da crise econômica da pandemia do novo coronavírus.
Segundo registro feito pela agência Reuters, Kristalina Georgieva exortou credores e devedores a iniciar os processos de reestruturação o quanto antes. O comentário foi feito neste domingo durante evento online organizado pelo grupo G30 de ex-formuladores de políticas e acadêmicos.
“Estamos ganhando tempo, mas temos que enfrentar a realidade de que há ações muito mais decisivas pela frente”, disse a chefe do FMI, ao ressaltar que a medida adotada pelo G20, grupo das 20 principais economias do mundo, na semana passada, não é suficiente, apesar de acertada.
O G20 prorrogou o congelamento do serviço da dívida para países pobres adotado por causa do novo coronavírus por mais seis meses após o fim de 2020. O grupo vai adotar, também, uma estrutura comum para ações relacionadas a dívida de longo prazo, segundo a Reuters.
O aumento emergencial de gastos públicos adotado pelo governo para combater a crise provocada pela pandemia do coronavírus deve levar o Brasil a registrar déficit primário até 2025, quando atingirá um resultado negativo de 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB), apontam estatísticas do FMI.