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FGTS: confira o calendário de saques das contas inativas

O dinheiro será liberado a partir de 10 de março e seguirá uma sequência de acordo com a data de nascimento dos contribuintes

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ANDRÉ DUSEK/ESTADÃO CONTEÚDO
Caixa: operação do FGTS envolve 49 milhões de contas e aproximadamente R$ 43 bi
1 de 1 Caixa: operação do FGTS envolve 49 milhões de contas e aproximadamente R$ 43 bi - Foto: ANDRÉ DUSEK/ESTADÃO CONTEÚDO

O presidente Michel Temer divulgou nesta terça-feira (14/2) o calendário de saque das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O anúncio começou às 11h18, no Palácio do Planalto. O dinheiro será liberado a partir de 10 de março e seguirá uma sequência de acordo com a data de nascimento dos contribuintes:

10 de março: nascidos em janeiro e fevereiro
10 de abril: nascidos em março, abril e maio
12 de maio: nascidos em junho, julho e agosto
16 de junho: nascidos em setembro, outubro e novembro
14 de julho: nascidos em dezembro

As agências da Caixa Econômica Federal vão abrir em quatro sábados, de março a julho. Serão 1.891 locais em funcionamento nos seguintes sábados: 11 de março, 13 de maio, 17 de junho e 15 de julho. Nesses dias, as agências vão abrir sempre com duas horas de antecedência, das 9h às 15h.

Além disso, um site foi criado especificamente para as contas inativas. Informações pelo telefone 0800-726-2017.

Nesta semana, as agências vão abrir duas horas mais cedo, de quarta (15/2) a sexta (17), a partir das 9h, para sanar dúvidas dos trabalhadores sobre os saques. No sábado (18), os locais também vão funcionar, porém, apenas para tirar dúvidas.

Após a cerimônia de anúncio do calendário, os ministros do Planejamento, do Trabalho e da Fazenda e o presidente da Caixa concedem coletiva (assista aqui).

Depois da assinatura do decreto para regulamentar o saque do FGTS, o presidente Michel Temer afirmou que a página criada na internet já tinha, às 11h36, 480 mil entradas em 10 minutos. O chefe do Executivo nacional previu que, se todos os trabalhadores sacarem o dinheiro, haverá um ingresso de R$ 40 bilhões na economia.

Por fim, Temer comentou a reforma trabalhista e fala sobre o “enaltecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho”, antes de lamentar que os brasileiros tenham, na opinião dele, um “desprezo pela Constituição federal”.

Discursos
Antes de Temer, discursaram os ministros do Planejamento, do Trabalho e da Fazenda, além do presidente da Caixa. Primeiro a subir ao púlpito, o dirigente da estatal, Gilberto Occhi afirmou que a liberação das contas inativas do FGTS vai beneficiar cerca de 30 milhões de brasileiros. Ele acrescentou que as regras vão contemplar cerca de 49 milhões de contas em todo o país, nas quais há R$ 43 bilhões depositados na Caixa.

O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, disse que o país precisa de um processo de ajuste fiscal, porque “as coisas estavam bem desorganizadas” quando Temer assumiu a presidência. O chefe da pasta citou também a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos gastos, além das reformas. O ministro, por fim, afirmou que a medida demonstra “sensibilidade” do governo em relação aos trabalhadores afetados pela recessão.

Já o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, comentou a concessão do abono salarial de 2014. Isso porque cerca de 1,5 milhão de trabalhadores que perderam o prazo tiveram o período estendido. O líder da pasta enalteceu a proposta de “modernização da legislação trabalhista” e disse que há debates constantes com representações de empregados e empregadores “sentados na mesma mesa”, com objetivo de obter um “texto de consenso”.

O chefe do Ministério da Fazenda, Henrique Meirelles, por sua vez, afirmou que o saque do FGTS proporciona mais recursos para as empresas “investirem, produzirem e gerarem consumo e renda”. Ele avaliou que a crise “está sendo superada” e demonstra otimismo sobre a uma perspectiva de crescimento neste trimestre e para o fim de 2017.

No total, são mais de 10,1 milhões de trabalhadores que possuem saldo em contas inativas do fundo. Quem não fizer o saque das contas inativas no mês do nascimento, poderá fazê-lo até 31 de julho. De acordo com a Caixa, 55% dos trabalhadores com direito ao saque têm até R$ 500 para retirar; 24% entre R$ 500 e R$ 1.500; e 21% podem sacar mais de R$ 1.500.

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