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Fernando de Noronha reabre ao turismo e enche moradores da ilha de otimismo

O cenário incrível do arquipélago só estará disponível, porém, para visitantes que comprovarem ter se curado da Covid-19

atualizado

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Fernando de Noronha
1 de 1 Fernando de Noronha - Foto: Divulgação

Depois de cinco meses sem receber visitantes por conta da pandemia do novo coronavírus, Fernando de Noronha foi aberto novamente para o turismo na última terça-feira (1º/9). Mas o momento ainda inspira cuidados: após o período de isolamento, o cenário incrível do arquipélago só está disponível para visitantes que comprovem terem se curado da Covid-19.

Pesquisa do Ibope em 2018 identificou Noronha como o destino mais desejado dos brasileiros  O levantamento contou com 2 mil viajantes que apontaram as ilhas Fernando de Noronha como o destino que se deve visitar ao menos uma vez na vida.

Agora, para visitar uma das 21 ilhas que formam o arquipélago, o turista deverá entregar exames realizados há mais de 20 dias, junto ao pagamento da Taxa de Permanência (TPA) – que também passou por mudanças e só será feito on-line.

Mesmo com tais limitações, a reabertura do turismo enche de entusiasmo e otimismo ilhéus e comerciantes locais.

Avalanche de emoções

Virgínia Anghinoni, 39 anos, proprietária da pousada Casa Novamaré, retrata o período de quarentena na ilha como uma “avalanche de emoções”. Afinal, quando seu estabelecimento tinha acabado de completar 1 ano, o período de isolamento em Fernando de Noronha foi decretado.

“Passamos por vários picos emocionais e financeiro nestes meses de ilha fechada. Antes da quarentena, estávamos no auge das reservas, seria uma temporada de baixa na ilha e estávamos lotados, superfelizes, chegamos ao patamar de 9,2 na booking com um feedback de construção muito importante para o nosso trabalho”, conta Virgínia.

A empresária, que está em isolamento na ilha há 6 meses, com o marido e a filha de 5 anos, afirma que Fernando de Noronha está em clima de ansiedade.

“Estamos lidando com a abertura das portas do nosso negócio da mesma forma que lidamos com uma doença que causa um mal maior. Abrir a ilha é necessário, porém, é delicado dizer que todos devem entrar na mesma leva, quando sabemos que um surto neste momento nos fecharia novamente e seria um baque maior”, diz Virgínia.

“É preciso entender que estamos lidando com vidas, com sonhos, são seres humanos, e não números. Todo cuidado é necessário. Que seja abençoado a abertura e que possamos voltar a brilhar”, completa a empresária.

A vida em primeiro lugar

“Há uma ânsia das pessoas que vivem em Noronha, principalmente por parte das que vivem do turismo. Mas em primeiro lugar está a vida”, diz Júlio César Soares, representante legal de sete pousadas: Recanto de Noronha, Del Mares, Pousada da Jô, Pousada Corais, Lopes, Donzela de Rocas e Monsenhor Rocha.

Para Júlio César, Noronha está prestes a viver um novo momento, quem sabe com uma visão mais consciente e sustentável. “Chegará um novo turista, um turista mais consciente com a questão da preservação e da própria saúde, um turista que preserva a vida”, acredita o empresário.

Ele também conta que todos os protocolos de segurança estão sendo seguidos e ainda adianta que um hospital de campanha foi criado para atender quem precisar.

Para Júlio César, o turista só vai se sentir seguro e os resultados só vão ser efetivos para o comércio a partir do ano que vem: “Noronha é um destino diferente, não tem como você pegar um carro e já estar aqui. Temos limitação de aéreo. É um destino ao qual você se programa”.

Mas para aquele turista mais ansioso, que não vê a hora de observar as maravilhas de Noronha, o empresário estipula que daqui a alguns meses todos poderão visitar e que um novo protocolo de reabertura poderá ser estabelecido.

Retomada de voos

No mês que vem, a empresa aérea Azul retomará suas operações comerciais ao destino. A companhia é a única a manter voos semanais para a ilha, transportando mantimentos, moradores e autoridades públicas.

Mas fique atento: os voos com destino ao arquipélago serão comercializados só até três dias antes da partida.

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Os voos com destino ao arquipélago serão comercializados até três dias antes da partida
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A proibição se deu por conta da má qualidade da pista de pouso

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Os voos com destino ao arquipélago serão comercializados até três dias antes da partida

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