Febraban: acordo traz benefícios para sociedade, poupador e bancos
Segundo entidade, Estado precisa ter capacidade de reagir a graves crises econômicas e esse é o objetivo da medida
atualizado
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O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal, afirmou nesta terça-feira (12/12), que o acordo sobre as perdas da caderneta de poupança “traz importantes benefícios para sociedade, poupadores e bancos”. Murilo disse ainda que o Estado precisa ter capacidade de reagir a graves crises econômicas. “E este foi o objetivo dos planos”, ressaltou, fazendo referência à defesa, pelo Banco Central, da constitucionalidade dos planos econômicos.
Os representantes de poupadores e bancos chegaram a um consenso sobre o pagamento de perdas ocorridas na caderneta de poupança em função dos planos econômicos das décadas de 1980 e 1990.
Segundo ele, no entanto, cada instituição financeira sabe individualmente quanto pagará. “Eu não tenho essa informação.”Portugal, no entanto, não citou um valor global para o acordo. A informação que circulava entre participantes das reuniões era de que o total de pagamentos giraria em torno de R$ 10 bilhões e R$ 12 bilhões. Portugal não confirmou: “Em discussões, não abordamos valor total de pagamentos. Dependerá da quantidade de adesões e de poupadores”.
Questionado a respeito de estimativas que circularam anos atrás, de que o valor total seria de R$ 341 bilhões, Portugal disse que este montante dizia respeito a um levantamento sobre o impacto da medida caso todos os poupadores com direito entrassem na Justiça. O acordo atual, lembrou ele, trata de pessoas que ingressaram na Justiça.
“Números foram divulgados na imprensa, mas não tenho a totalização”, disse. “Quando poupadores de até R$ 5 mil aderirem [o que corresponderia a 60% daqueles com direito à restituição], eles vão perceber imediatamente”, observou. Os brasileiros com direito a recobrar perdas de até R$ 5 mil receberão os valores à vista.