Fator Moro: dólar tem novo recorde nominal e Bolsa fecha em baixa
Moeda norte-americana à vista fechou em alta de 2,22%, cotada em R$ 5,5287 e já acumula valorização de 38% em 2020
atualizado
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O câmbio teve uma quinta-feira (23/04) movimentada, com o dólar renovando sucessivas máximas, levando o Banco Central a fazer duas intervenções não previstas, ofertando ao todo US$ 1 bilhão em swap.
Mesmo assim, o dólar fechou em novo nível recorde, influenciado por fatores externos, por conta do dia de fortalecimento generalizado da moeda norte-americana no exterior, e também locais, principalmente o temor de piora fiscal do Brasil e os rumores de saída do ministro da Justiça, Sergio Moro.
O dólar à vista fechou em alta de 2,22%, cotado em R$ 5,5287 e já acumula valorização de 38% em 2020.
No final da tarde, com o mercado à vista já fechado, o BC anunciou o terceiro leilão de swap do dia, de US$ 500 milhões. Antes do leilão, o dólar futuro para maio havia batido em R$ 5,56 e, com o anúncio, desacelerou o ritmo de valorização, fechando em R$ 5,53, em alta de 1,35%.
Hoje, assim como já havia ocorrido ontem, o real foi uma das moedas que mais se depreciaram ante o dólar, considerando uma cesta de 34 divisas internacionais.
O Ibovespa perdia fôlego desde o começo da tarde desta quinta, em linha com Nova York e em meio à escalada do dólar à vista.
Porém, o movimento nas ações se acentuou notavelmente no meio da tarde, com a notícia de que o presidente Jair Bolsonaro comunicou ao ministro da Justiça, Sergio Moro, a decisão de substituir o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, homem de confiança do ministro e com o qual atuou durante a Operação Lava Jato.
Ao ser comunicado, Moro teria dito não estar de acordo com a decisão e que reavaliaria sua permanência no governo.