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Fator coronavírus eleva dólar a R$ 4,28, maior valor da história

Reflexos da epidemia no mercado financeiro são intensos, uma vez que a enconomia da China é a segunda maior do planeta

atualizado

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coronavírus
1 de 1 coronavírus - Foto: Kevin Frayer/Getty Images

O novo coronavírus, já classificado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como emergência global, também causa impactos na economia, como qualquer epidemia desse porte. Até pelo fato de o epicentro da doença estar em Wuhan, megalópole da China, os reflexos no mercado financeiro são intensos, uma vez que a enconomia chinesa é a segunda maior do planeta.

Exemplo disso é a alta verificada no dólar. Preocupados em como a China vai reagir economicamente frente ao surto do coronavírus – que já fez 213 mortes e 9,6 mil infectados –, os investidores mundiais já começam a sentir respingos da epidemia na moeda norte-americana nos mercados emergentes, como o Brasil.

Para se ter uma ideia, na cotação desta sexta-feira (31/01/2020), o dólar no Brasil chegou a R$ 4,2862 – o maior valor já registrado em um pregão na história, numa alta de 0,67%.

Com a forte subida da moeda norte-americana nos mercados emergentes, o real foi uma das divisas com pior desempenho, junto com o rublo da Rússia e o rand da África do Sul.

Nas casas de câmbio, a moeda do Tio Sam encostou nos R$ 4,50, variando entre R$ 4,40 e R$ 4,48. Neste mês de janeiro, a moeda já se valorizou em 6,72% e, nos últimos 12 meses, 17,02%.

A curva ascendente do dólar impacta também no comércio de commodities, como grãos e algodão, tendo em vista que o mercado da China, por conta do coronavírus, entrou em desaceleração.

O Brasil, por outro lado, pode ser beneficiado nesse aspecto, considerando que é grande exportador de carne para os chineses e essa exportação tende a crescer, já que o mercado fragilizado pela coronavírus poderá optar por importar produtos congelados e processados.

Ibovespa
O Índice Bovespa – principal indicador de desempenho médio das ações da bolsa de valores no Brasil – caminha para encerrar janeiro com a primeira variação negativa para o mês em quatro anos e terminar em baixa pela segunda semana seguida, acompanhando a aversão a risco no exterior, graças ao coronavírus.

A ampliação da máxima do dia ocorreu paralelamente à divulgação da queda do índice da atividade industrial de Chicago para 42,9 em janeiro, menor nível desde 2015.

Analistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam 48,5 e leituras abaixo de 50 indicam contração da atividade econômica nessa pesquisa. (Com informações do Estadão)

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