Famílias estão mais endividadas em setembro e inadimplência aumenta
A manutenção das altas taxas de juros e a instabilidade do mercado de trabalho ampliaram o porcentual das famílias com contas ou dívidas em atraso
atualizado
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As famílias estão mais endividadas em setembro que no mês anterior. A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), mostra que 58,2% das famílias brasileiras estão endividadas, resultado superior ao de agosto (58%), porém, inferior ao registrado em igual mês de 2015, de 63,5%.
“A retração do consumo, em virtude da persistência da inflação e da contração da renda, além do elevado custo do crédito, explica essa redução na comparação anual”, avalia o economista da CNC Bruno Fernandes.
Em setembro, 9,6% das famílias afirmaram à CNC que não têm como pagar suas dívidas de cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro. O resultado é maior do que o de agosto, de 9,4%, e que o de igual mês de 2015, de 8,6%.
A proporção dos que afirmaram estar muito endividados diminuiu de agosto para setembro, de 14,6% para 14,4% do total. Na comparação anual, no entanto, houve aumento de 0,5 ponto porcentual. O tempo médio das contas atrasadas ficou em 63,2 dias, sendo que o tempo médio de comprometimento com dívidas ficou em 7,1 meses.
Do total das famílias brasileiras, 21% estão com mais da metade da sua renda comprometida com o pagamento de dívidas. O cartão de crédito permanece no topo da lista do tipo de dívida, com 76,3%, seguido do carnê (14,8%) e do financiamento de carro (10,9%).