Ex-funcionários relatam demissões no mercado financeiro pelo Linkedin
Nesta semana, casos de cortes foram narrados na rede social por pessoas demitidas pela corretora XP e pelo Traders Club (TC)
atualizado
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Mensagens de despedidas de colegas de trabalho foram postadas nesta semana em redes sociais, como o Linkedin, por ex-funcionários demitidos em empresas que atuam no mercado financeiro e de capitais. Esse foi o caso de pessoas que trabalhavam na corretora XP e no Traders Club (TC), que produz análises em tempo real sobre o comportamento das ações da Bolsa de Valores.
Num desses alertas, um ex-funcionário do TC afirmou: “Hoje, fomos pegos de surpresa com a notícia de uma demissão em massa”. No texto, o autor relatou que havia produzido uma relação com o nome das pessoas cortadas. O objetivo da iniciativa era ajudá-las. “Se conhecerem mais alguém que foi desligado e queira entrar na lista é só pedir pra preencher esse formulário”, destacava, indicando um link de acesso a um documento online.
Por meio de nota, o TC informou que, “conforme amplamente divulgado em seus últimos releases de resultados e conference calls, a empresa “está focado em otimizar sua gestão de custos e despesas”. Assim, “tem revisado, renegociado e reduzido gastos em geral, incluindo em seu quadro de colaboradores, com o objetivo de aumentar a eficiência e a rentabilidade da companhia no curto prazo”.
A XP, por sua vez, comunicou: “A XP Inc. afirma que possui neste momento mais de 180 vagas abertas. Em 2022, a companhia contratou cerca de 2,5 mil pessoas em todos os estados do país, sendo 300 apenas em outubro. A empresa afirma ainda que possui menos de 2% de market share do mercado financeiro e que segue sua estratégia de inovação e transformação, investindo e priorizando negócios que atendam às necessidades dos seus clientes e tenham alto potencial de crescimento”.
Outras companhias do mercado financeiro também promoveram cortes em seus quadros ao longo deste ano. A explicação para tais baixas varia caso a caso, mas, entre outros motivos, inclui o desempenho oscilante da Bolsa em 2022. Num cenário de juros elevados como o atual, a tendência é que os investidores optem pela renda fixa, esquivando-se da variável, como é o caso das ações.