Europa vai examinar 100% dos carregamentos de carne do Brasil
O anúncio foi feito depois que o comitê de veterinários dos 28 países do bloco se reuniu para examinar a crise no Brasil
atualizado
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A União Europeia vai examinar todos os carregamentos de carne brasileira que desembarquem em seus portos e prevê até mesmo a destruição de cargas que possam ser identificadas com problemas sanitários. O anúncio foi feito depois que o comitê de veterinários dos 28 países do bloco se reuniu pela segunda vez em menos de uma semana para examinar a crise no Brasil, enquanto uma missão presente no País tenta encontrar uma solução para o comércio bilateral. Auditorias também serão enviadas ao País.
Apesar do anúncio, o grupo evitou publicar novas barreiras e aguarda o final da visita de uma missão oficial ao Brasil para avaliar os próximos passos. O Estado apurou que, enquanto certos governos querem o bloqueio total da carne brasileira, outros insistem que a medida poderia ser questionada até mesmo em tribunais da OMC.
A decisão final será tomada na semana que vem, em Luxemburgo, depois de considerações políticas. Mas, em Bruxelas, já se fala abertamente na possibilidade de que novas exigências sejam feitas sobre os exportadores brasileiros que queiram entrar com seus produtos na Europa.
“Um consenso foi obtido sobre o reforço na verificação e como eles devem ser focados”, disse a Comissão Europeia, em um comunicado que também detalha que os 28 países do bloco adotariam procedimentos harmonizados. “Em especial, foi confirmado de que deve haver 100% de verificação física de todos os carregamentos apresentados para a importação na Europa e 20% de exames microbiólogos”, disse.Durante a reunião, também foram adotados procedimentos comuns em caso de que um carregamento irregular seja identificado. Todos terão de informar à Comissão e aos demais governos. Além disso, vão determinar o retorno do material ou sua destruição.
A Comissão Europeia explicou que, em uma situação “normal”, qualquer resultado desfavorável em termos sanitários geram um alerta automático para que todos os carregamentos do mesmo padrão sejam verificados, além de um reforço do controle.
Um resultado negativo também exige que governos levem o caso aos demais países e que faça parte de um banco de dados no qual todos no bloco tem acesso. “A situação será regularmente revista em futuras reuniões do Comitê”, explicou a Comissão.