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EUA voltam a suspeitar da chinesa Huawei com proximidade do leilão 5G

Fontes do governo americano acusam empresa, que fornece tecnologia 5G, de roubar dados e propriedade intelectual dos países

atualizado

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Anatel
1 de 1 Anatel - Foto: ISTOCK

Na disputa dos países pelo controle da rede 5G de internet móvel no Brasil, fontes do governo americano voltaram a acusar a Huawei, empresa chinesa que fornece a tecnologia, de roubar dados e propriedade intelectual de usuários para fornecer ao governo chinês.

Em fevereiro, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou o edital para o leilão de frequências do 5G. No documento, não há nada que exclua a Huawei da possibilidade integrar os negócios no Brasil.

De acordo com as fontes, isso não se trata de uma guerra comercial contra a China, mas de uma preocupação em relação à segurança das informações dos países. Por várias vezes, os EUA pediram que a Huawei aumentasse a transparência em relação ao governo chinês, mas a empresa não conseguiu essa independência.

Na perspectiva de Washington, os países vão ter que resolver legislações internas para se protegerem contra a tecnologia da gigante asiática, uma vez que, segundo as fontes, há evidências laboratoriais de que a Huawei viola dados. Assim como a empresa tem requisito legal de assistir ao governo chinês em trabalho de inteligência, o que aumentaria uma estrutura secreta.

Países como Austrália, Reino Unido, Japão e Suécia já excluíram a Huawei das negociações alegando a falta de segurança. O receio se dá pelo que envolve a tecnologia 5G, uma vez que ela permitirá a utilização de carros autônomos, procedimentos médicos feitos à distância, uso de drones e até mesmo a distribuição de eletricidade.

Os chineses têm negado as acusações dos americanos e dizem que não há nenhuma prova de que a Huawei ofereça qualquer risco à segurança dos dados. A empresa chinesa é responsável por 45% da rede de telefonia do país.

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Conselheiro da Anatel, Carlos Baigorri
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Entenda como greve de agências reguladoras influencia concurso público

Sinclair Maia/Anatel
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Conselheiro da Anatel, Carlos Baigorri

Agência Senado
Brasil e o 5G
Carlos Baigorri, conselheiro-diretor da Anatel, afirmou ao Metrópoles que, no Brasil, o edital das faixas de 5G não possui qualquer vedação da participação de empresas da China. “É importante lembrar que quem participa do edital são as empresas operadoras de serviço, como Vivo, Claro, Oi, Tim e Nextel. Essas empresas precisam construir uma rede 5G e daí que entra a Huawei”, explicou.
Sobre a acusação de roubo de informações, Baigorri afirmou que, apesar de vários países mundo a fora vetarem a participação da empresa por esse motivo, no Brasil ainda não há nenhuma análise sendo feita sobre esses relatórios.

Em fevereiro, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, reiterou que o governo fará o leilão da tecnologia 5G ainda no primeiro semestre deste ano. De acordo com ele, o 5G terá maior utilidade pela indústria. “Não é apenas o aumento de 100 vezes a velocidade, é a conexão com toda a cadeia produtiva. Você vai conseguir eliminar desperdício”, afirmou.

A previsão é de que a nova tecnologia comece a ser usada em todas as capitais do país a partir de 30 de julho do ano que vem, de acordo com o presidente da Anatel, Leonardo de Morais. “Serão mais de R$ 80 bilhões gerados nos próximos 20 anos devido a essa tecnologia”, afirmou o presidente.

Morais disse que uma das principais obrigações da Anatel e do governo é fazer o 5G chegar às áreas rurais, promovendo a inclusão digital da população que ainda não tem internet.

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