EUA mantém suspensão da compra de carne in natura brasileira
Americanos adiaram possível revisão da proibição nas exportações, interrompidas desde 2017; decisão frusta governo federal
atualizado
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Os Estados Unidos negaram a possibilidade de abrir seu mercado, pelo menos por enquanto, para a carne bovina in natura do Brasil. Segundo a Folha de S.Paulo, o governo americano enviou um relatório em que pede mais informações e determinou nova inspeção técnica. As informações são da Folha de S.Paulo.
As exigências devem atrasar a reabertura do mercado em cerca de um ano. No dia 17 de novembro, está prevista uma viagem oficial da ministra da Agricultura, Tereza Cristina (DEM), para os EUA e a expectativa é de que ela tente negociar com o secretário de Agricultura do governo Donald Trump, Sonny Perdue.
À Folha, ela afirmou que cuidará do assunto “pessoalmente” com os EUA, com quem o governo tem “bom relacionamento”. Para ela, as novas informações exigidas pelos estrangeiros haviam sido devidamente esclarecidas.
No primeiro semestre, o Serviço de Inspeção e Segurança Alimentar dos americanos já havia vindo ao Brasil. A não aprovação teria se dado pela presença de abcessos na carne, por causa da vacina contra a febre aftosa.
O comércio de carne in natura do Brasil com os Estados Unidos está suspenso desde 2017, ano em que foi deflagrada a operação Carne Fraca. Na época, a Polícia Federal (PF) investigou o pagamento de propinas na fiscalização sanitária de produtos de origem animal no país.
Na época, o Serviço de Segurança Alimentar e Inspeção (Fsis) nos EUA havia rejeitado 11% da carne in natura que foi exportada do Brasil.
Com a proximidade ideológica que tem de Trump, Bolsonaro esperava conseguir reatar as operações comerciais, o que por enquanto não se confirmou. Do ponto de vista brasileiro, contudo, já houve concessão: o governo do Brasil acertou a suspensão das tarifas para importações de até 750 mil toneladas de trigo e um limite maior, de 150 milhões de litros, para importação de etanol.