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Entenda o que muda com o Pix, novo meio de pagamentos instantâneos do BC

País ganha mais uma alternativa para efetuar transações. Sistema de pagamentos será lançado oficialmente em 16 de novembro

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Banco Central
1 de 1 Banco Central - Foto: Felipe Menezes/Metrópoles

Batizado de Pix, o novo sistema de pagamentos instantâneos, estabelecido pelo Banco Central (BC), entra em operação no Brasil no próximo dia 16 de novembro.

A proposta é baixar custos e aumentar a velocidade das operações. O serviço estará disponível 24 horas por dia, sete dias por semana e em todos os dias no ano.

Na prática, o país ganha mais uma alternativa para efetuar transações, além dos modelos tradicionais já existentes, como TED, DOC, boleto, cheque e cartões.

Para usar o Pix, de acordo com informações do Banco Central, será preciso que o pagador e o recebedor tenham conta em um banco ou em uma fintech.

Além disso, a liquidação será imediata, ou seja, o recebedor terá em poucos segundos os recursos disponíveis em sua conta.

A economista Yolanda Fordelone, do canal Econoweek, ressalta que a tecnologia do BC permitirá transações baratas (não há cobranças) e rápidas, em até 10 segundos.

“Hoje, muita gente paga para fazer transferências, como de um banco para outro. E o dinheiro só cai na mesma hora se a transação for entre contas do mesmo banco”, diz.

Chave Pix

Ela explica também que um terceiro ponto positivo – além da velocidade e do custo zero – é a simplicidade ao se transferir dinheiro para contas de outras pessoas.

Isso porque a tecnologia permite o cadastro da chave Pix, que poderá ser o número do celular; CPF ou CNPJ; e-mail; ou, ainda, um número aleatório.

Dessa maneira, a prática de informar número da instituição, agência e conta para receber um pagamento não será mais necessária com o Pix – basta dizer qual a chave.

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Essa chave será sempre informada pelo recebedor. Em seguida, o pagador utilizará o aplicativo da sua instituição financeira para inserir a chave e realizar a transferência.

“Tudo que é novo precisa ser entendido antes de ser usado. Assim, a pessoa deve ter que tomar um cuidado redobrado sobre esses dados”, explica Yolanda Fordelone.

A partir de 5 de outubro, as instituições e os usuários terão a oportunidade de se familiarizar com todas as funcionalidades para a gestão das chaves

Contas de luz

O BC anunciou no último dia 20 uma parceria com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que vai permitir a possibilidade de pagar a conta de luz com o Pix.

Para o BC, o acordo facilita também as atividades das distribuidoras de energia. O Pix é mais rápido e barato para essas empresas receberem pela prestação do serviço.

O uso do Pix no âmbito das distribuidoras de energia elétrica será feita gradualmente e pode durar até dois anos, tempo de vigência do acordo de cooperação.

Entenda como vai funcionar

1. O que é o Pix?

​O Pix é uma solução de pagamento instantâneo, criada pelo Banco Central (BC), que proporciona a realização de transferências e de pagamentos.

O Pix é concluído em poucos segundos, inclusive em relação à disponibilização dos recursos para o recebedor.

2. O Pix é um meio de pagamento?

Sim. O Pix é um meio de pagamento, assim como boleto, TED, DOC, transferências entre contas de uma mesma instituição e cartões de pagamento (débito, crédito e pré-pago).

A diferença é que o Pix permite que qualquer tipo de transferência e de pagamento seja realizada em qualquer dia, incluindo fins de semana e feriados, e em qualquer hora.

3. O Pix é um aplicativo específico?

​Não. O Pix é um meio de pagamento que será disponibilizado pelos prestadores de serviço de pagamento (instituições financeiras e instituições de pagamento) em seus diversos canais de acesso, principalmente pelo celular.

4. Quais os mecanismos de segurança?

Todas as transações ocorrerão por meio de mensagens assinadas digitalmente e que trafegam de forma criptografada, em uma rede protegida e apartada da Internet.

5. Quem pode fazer um Pix?

​Qualquer pessoa física ou jurídica que possua uma conta transacional (conta de depósito à vista, popularmente conhecida como conta-corrente, conta de depósito de poupança ou conta de pagamento pré-paga) em um prestador de serviço de pagamento (instituições financeiras ou instituições de pagamento) participante do Pix.

6. É preciso ter conta-corrente?

Não necessariamente. Você precisará possuir uma conta em um prestador de serviços de pagamento participante do Pix. Essa conta pode ser uma conta-corrente, uma conta de poupança ou uma conta de pagamento pré-paga.

7. É preciso ter celular?

​Não necessariamente. O Pix poderá ser disponibilizado pelas instituições participantes em diversos canais de acesso. O telefone celular, desde que seja um smartphone, é um desses canais.

Outros possíveis canais de acesso, que podem ser oferecidos a critério de cada instituição, são: internet banking e presencialmente nas agências, nos caixas eletrônicos ou nos correspondentes bancários, como lotéricas, por exemplo.

8. É possível fazer um Pix sem acesso à internet?

​Em um primeiro momento, somente poderá fazer um Pix se estiver conectado à internet. Há, no entanto, previsão de disponibilização de uma forma de pagamento off-line para 2021.

9. Como fazer um Pix?

Para realizar um pagamento via Pix, você pode ler um QR Code com a câmera do seu smartphone, na opção de fazer um Pix no aplicativo da sua instituição financeira ou de pagamento.

Além disso, é possível informar a chave Pix, que pode ser CPF/CNPJ, e-mail ou telefone celular do recebedor, por meio da opção disponibilizada por sua instituição financeira ou de pagamento no aplicativo instalado em seu smartphone.

10. Como recebo um Pix?

Para receber um Pix, você pode: gerar um QR Code e apresentá-lo ao pagador; ou informar ao pagador sua chave Pix, que pode ser CPF/CNPJ, e-mail, telefone celular ou chave aleatória.

11. O que posso comprar por meio do Pix?

De forma geral, qualquer transação de pagamento pode ser feita por Pix, independentemente de suas características, como valor, característica do recebedor, característica do bem ou serviço comprado, horário.

12. Existe um limite?

​Não há limite mínimo para pagamentos ou transferências via Pix.

Entretanto, os participantes do Pix poderão estabelecer limites máximos de valor baseados em critérios de mitigação de riscos de fraude e de infração à regulação de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo.

13. O que acontece se eu fornecer informações incorretas?

​Se, ao tentar realizar um Pix, algum erro ocorrer, você será alertado acerca do motivo de a transação não poder ser efetivada. Após a situação que originou o erro ser normalizada, você poderá tentar novamente.

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