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Entenda como o aumento da taxa Selic afeta seu bolso

Quando a Selic está em alta, o poder de compra da população diminui e, portanto, há menos procura por produtos e serviços à venda

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Marcos Santos/USP Imagens
Imagens mostram calculadora, lapiseira e notas de reais
1 de 1 Imagens mostram calculadora, lapiseira e notas de reais - Foto: Marcos Santos/USP Imagens

O Banco Central decidiu elevar a taxa Selic mais uma vez, nesta quarta-feira (27/10), em 1,5 ponto percentual, fazendo o índice saltar dos atuais 6,25% para 7,75% ao ano. Para esclarecer algumas das principais dúvidas sobre os juros, incluindo os impactos no bolso do consumidor, o Metrópoles fez uma lista. Veja a seguir.

O que é a taxa Selic e por que ela é tão importante?

No Brasil, a Selic é a taxa básica de juros da economia. A cada 45 dias, o índice vira notícia em todo o país, seja por ter aumentado, diminuído ou se mantido estável após o anúncio da decisão do Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central. Ela serve como base para todas as demais taxas de juros, como as cobradas em empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras.

Para o consumidor, que diferença isso faz?

Toda. É a Selic que regula o cheque especial, os juros dos cartões de crédito, da poupança e do crediário. Ou seja, com a taxa em alta, fica mais difícil se fazer um empréstimo ou comprar a prazo. A disparada dos juros diminui o poder de consumo da população.

O motivo disso é que o índice representa a média de juros que o governo paga por empréstimos dos bancos. Quando a Selic aumenta, as instituições financeiras preferem emprestar dinheiro ao governo, que paga mais. Já quando a Selic cai, os bancos preferem emprestar ao consumidor e, assim, obter um lucro maior. Desta forma, quanto maior a Selic, mais caro fica o crédito que os bancos oferecem aos consumidores, uma vez que há menos dinheiro no caixa.

Por que o Banco Central está aumentando os juros diante de uma crise fiscal?

Esse instrumento é usado para controlar a inflação. Quando a Selic está em alta, o poder de compra da população diminui e, portanto, há menos procura por produtos e serviços à venda. Pela lei da oferta e demanda, quando a procura é menor, os preços tendem a cair.

Nessa terça-feira (26/10), a prévia da inflação, conhecida como IPCA-15, assustou. O índice ficou em 1,2% em outubro, 0,06 ponto percentual acima da taxa de setembro (1,14%).

Trata-se da maior variação para um mês de outubro desde 1995, quando o índice computou alta de 1,34%, e o maior indicador mensal desde fevereiro de 2016 (1,42%).

Tem como ganhar dinheiro com a Selic em alta?

A resposta é “sim”, de acordo com analistas ouvidos pela reportagem. Alguns tipos de investimentos são valorizados pela alta da Selic. Veja os principais:

  1. Tesouro IPCA: esse investimento tem ganhos no momento da aplicação e conforme for acelerando o IPCA.
  2. Fundos imobiliários em papel: esses ativos de renda variável alocam recursos em títulos e papéis do mercado de imóveis, como Certificados de Recebíveis (CRI), LCI e letras hipotecárias.
  3. CDBs, LCIs, LCAs: todos são títulos de renda fixa que podem ser indexados à inflação ou ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI), que acompanha as oscilações da taxa Selic.

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