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Entenda como ficam suas aplicações após aumento dos juros

“Com o avanço da inflação, ao deixar o dinheiro na poupança você perde gradativamente o poder de compra”, afirma um especialista

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1 de 1 poupança - Foto: Marcos Santos/Usp Imagens

Enquanto 30 milhões de brasileiros esperam que a rentabilidade da poupança seja beneficiada pela alta da taxa básica de juros, a Selic, em 1 ponto percentual, passando de 4,25% para 5,25% ao ano, especialistas ouvidos pelo Metrópoles afirmam que a aplicação é a menos indicada atualmente.

A decisão do Banco Central dessa quarta-feira (4/8) tende a beneficiar investimentos pós-fixados, como Tesouro Direto, CDB e Fundos DI. A remuneração da poupança, entretanto, enquanto a Selic permanecer inferior a 8,5%, será de apenas 70% da taxa básica de juros.

Essa projeção realizada pelo estrategista-chefe da Nexco Investimentos, Carlos Agueira, revela que quem ainda permanece nesse segmento acaba perdendo dinheiro. “Com o avanço da inflação, ao deixar o dinheiro na poupança você perde gradativamente o poder de compra, já que os juros do serviço financeiro não rendem o suficiente para acompanhar a inflação”, comenta.

Um exemplo disso é o acumulado da poupança em 12 meses que, segunda a Calculadora do Cidadão do Banco Central, foi de 1,39%. Já a inflação acumulada calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 8,35%, ou seja, resultou em uma perda de poder de compra em 6,96%. Isso significa que a cada R$ 100 mil investidos na poupança perdeu-se R$ 6.960 para a inflação nos últimos 12 meses.

Hoje, com a taxa em 5,25%, a poupança remuneraria 3,68% ao ano, isento de Imposto de Renda, porém, como explica Carlos, as questões internas no Brasil interferem no resultado.

“A crise hídrica nunca vista em 80 anos, aumentando assim o custo da energia, somada com a alta do preço do dólar, devido ao ambiente fiscal incerto, a pressão dos preços dos alimentos e a uma possível retomada no setor de serviços, aumentaria a inflação gerando um déficit na rentabilidade da poupança”, explica o estrategista-chefe da Nexco.

É necessário antecipar-se à inflação e ao novo aumento da Selic. “O brasileiro precisa aprofundar seu conhecimento em diferentes classes de ativos para ter um ganho real nos investimentos, diversificando a carteira e aumentando a possibilidade de rentabilidade”, afirma Carlos.

Boas opções de investimento para o momento:

  • Fundos DI. Pela tendência de seguir o CDI, que acompanha a Selic, é uma boa opção de investimento em momentos de alta dos juros. Apesar disso, é importante alertar que há uma cobrança de taxa de administração que pode diminuir o ganho total.
  • Tesouro Direto. Neste momento, os títulos indicados são o Tesouro Selic e IPCA.
  • Fundos multimercado. Opção interessante, uma vez que os gestores têm liberdade de investir em diversos ativos.

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