metropoles.com

Endividamento e inadimplência batem recorde em setembro, diz CNC

Cartões de crédito são responsáveis por 85,6% das dívidas das famílias; 10,7% afirmam não poderem quitar os débitos

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Marcos Santos/USP Imagens
conta poupança dinheiro moeda real
1 de 1 conta poupança dinheiro moeda real - Foto: Marcos Santos/USP Imagens

O volume de consumidores inadimplentes e endividados cresceu em setembro, aponta pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) publicada nesta segunda-feira (10/10). O total de lares brasileiros com dívidas a vencer chegou a 79,3%, batendo recorde pelo terceiro mês consecutivo.

No período, o volume de consumidores que atrasaram o pagamento das dívidas atingiu 30%, o maior desde o início da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), iniciada em 2010. Esse é o terceiro aumento mensal consecutivo da taxa, que evoluiu 0,4 ponto percentual. 

Ao contrário do endividamento, que cresceu em ritmo menor, em um ano, o indicador de dívidas atrasadas expandiu 4,5%, a maior taxa anual desde março de 2016. Os pagamentos atrasados entre os consumidores das faixas de renda mais baixa e mais alta cresceram, porém, em proporções diferentes. Dos que contraem dívidas, 33,1% são daqueles que recebem menos de 10 salários mínimos, enquanto 13,7% estão na mesma situação.

No mesmo mês, a proporção de endividados com renda inferior a 10 salários mínimos aumentou 0,4% e atingiu 80,3%, o maior patamar da série histórica da Peic. No grupo de famílias com maior renda, a proporção de endividados se manteve estável. 

No mês, as principais formas de pagamento buscadas pelos consumidores que os levaram a contrair dívidas foram os cartões de crédito (85,6%) e os carnês (19,4%). No mesmo período do ano passado, as mesmas modalidades ficaram responsáveis por 84,6% e 18,8% dos endividamentos, respectivamente. 

Ainda de acordo com a pesquisa, 10,7% afirmam não terem condições de pagar suas dívidas.

“É possível verificar que a melhora gradual do mercado de trabalho, as políticas de transferência de renda e a queda da inflação nos últimos dois meses são fatores que geram maior disponibilidade de renda para as famílias. Por outro lado, podemos observar que o alto nível de endividamento e os juros elevados afetam, sobremaneira, o orçamento das famílias de menor renda, ao encarecerem as dívidas já contraídas”, diz o presidente da CNC, José Roberto Tadros no informe do indicador.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?