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Endividamento das famílias sobe para 44,6% em janeiro

Se forem descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento apresentou um leve aumento para 25,8%

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O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro passou de 45,2% em novembro para 44,3% em dezembro e para 44,6% em janeiro, conforme dados divulgados nesta terça-feira (29/3), pelo Banco Central. A instituição começou a fazer o levantamento em janeiro de 2005 e o retrato sobre o nível de dívidas brasileiras passou a ser incorporada na Nota de Crédito pelo BC em agosto de 2015. Os dados de endividamento de dezembro do ano passado e de janeiro deste ano foram divulgados apenas nesta terça, quando foi distribuída a Nota de Crédito de fevereiro.

O cálculo do BC leva em conta o total das dívidas dividido pela renda no período de 12 meses e incorpora os dados da Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar (PNAD) contínua e da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), ambas do IBGE. Se forem descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento apresentou uma baixa em dezembro, ficando em 25,6% da renda anual. Em novembro, estava em 26,3%. Em janeiro, no entanto, apresentou uma leve elevação para 25,8%.

Ainda segundo o BC, o comprometimento de renda das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) caiu um pouco de novembro (21,8%) para dezembro (20,9%). Em janeiro, ficou em 21,8%. Descontados os empréstimos imobiliários, o comprometimento da renda passou de 19,3% em novembro para 18,5% em dezembro e 19,4% em janeiro.

Cheque especial
A taxa média de juros no crédito livre subiu de 49,6% ao ano em janeiro para 50,6% ao ano em fevereiro, conforme informou o Banco Central. Em fevereiro de 2015, essa taxa estava em 40,6% ao ano. Para pessoa física, a taxa média de juros no crédito livre passou de 66,4% ao ano para 68,0% ao ano, de janeiro para fevereiro, enquanto a taxa para pessoa jurídica, subiu de 31,7% ao ano para 31,9% ao ano no mesmo período.

Entre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física, destaque para o cheque especial, cuja taxa avançou de 292,3% ao ano para 293,3% ao ano na mesma comparação. Com isso, o patamar de juros cobrados nesse tipo de empréstimo é igual ao de julho de 1994. Na ocasião, a taxa ficou em 293,9%, o maior porcentual dessa série. Para o crédito pessoal, aumentou de 29,3% ao ano para 29,5% ao ano.

Para veículos, os juros subiram de 27,5% ao ano para 27,6% ao ano de janeiro para fevereiro. Em fevereiro de 2015 estava em 24,8%. A elevação no mês foi de 0,1 ponto porcentual (pp). Em 12 meses, a taxa apresenta alta de 2,8 pp e, no bimestre, de 1,6 pp

A taxa média de juros no crédito total, que inclui também as operações direcionadas, acelerou de 31,4% ao ano em janeiro para 31,8% ao ano em fevereiro. No segundo mês de 2015 estava em 25,7%.

Cartão de crédito
O juro médio total cobrado no cartão de crédito subiu 3,3 pontos porcentuais de janeiro para fevereiro, conforme o Banco Central. Com a alta na margem, a taxa passou de 104,5% ao ano em janeiro para 107,8% ao ano no mês passado.

O juro do rotativo é a taxa mais elevada desse segmento e também a mais alta entre todas as avaliadas pelo BC, batendo até mesmo a do cheque especial. Atingiu a marca de 447,5% ao ano em fevereiro ante 439,5% de janeiro, uma elevação de 8 pontos porcentuais na margem. Manteve-se, portanto, como a mais alta da série histórica iniciada em março de 2011.

No caso do parcelado, ainda dentro de cartão de crédito, o juro subiu 1,1 ponto de janeiro para fevereiro, passando de 144,5% ao ano para 145,6% ao ano.

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