Endividamento cresce e atinge 79% das famílias brasileiras, mostra CNC
Brasileiros de alta e baixa renda viram as dívidas subirem em agosto. Em um ano, a alta é de seis pontos percentuais
atualizado
Compartilhar notícia
O número de famílias endividadas atingiu, em agosto, 79% do total de lares no país. O índice aumentou um ponto percentual em relação a julho. Os dados constam em na Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgado nesta segunda-feira (5/8).
Segundo o levantamento, em um ano, a alta é de seis pontos percentuais.
A pesquisa considerou dívidas a vencer no cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestação de carro e de casa.
O volume de endividados nos carnês e cartões de lojas do varejo vem crescendo desde maio deste ano. O total de famílias com dívidas na modalidade alcançou 19,4% em agosto, um aumento de 0,5 ponto percentual em relação a julho, e de 1,2 ponto percentual na comparação com agosto de 2021.
A pesquisa mostra que tanto as famílias de alta renda, como as de baixa, tiveram um alto endividamento em agosto.
O endividamento das famílias com rendimentos de até 10 salários mínimos aumentou 1,1 ponto percentual. Já no caso das mais pobres, o índice cresceu 0,9 ponto.
O número de pessoas que atrasaram o pagamento de contas de consumo ou de dívidas também cresceu em agosto, alcançando 29,6% do total de famílias no país. Esse é o segundo maior percentual da série histórica iniciada em 2010.
A CNC aponta, entre as principais causas para o aumento, a injeção extra de renda às famílias, como os saques do FGTS e antecipação do 13º salário de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).